Quando estou morrendo afogado, ele aparece, diz Guedes sobre Bolsonaro
Na semana passada, o ministro perdeu quatro integrantes da equipe depois de aceitar mudar teto de gastos para custear o Auxílio Brasil
atualizado
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Após uma crise entre a equipe econômica e a ala política do governo, o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sempre surge quando ele está se “afogando”.
Na semana passada, o ministro perdeu quatro integrantes da equipe, incluindo o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, depois de aceitar manobra para mudar o teto de gastos e conseguir recursos para custear o Auxílio Brasil, novo programa social do governo.
A decisão aumentou o risco fiscal no país e levantou dúvidas até mesmo sobre a permanência de Guedes no cargo, o que ele refutou. “Eu queria agradecer a confiança do presidente. É sempre assim. Quando eu estou morrendo afogado, ele aparece, renova a confiança e nós continuamos essa aliança de conservadores e liberais por um futuro melhor para o nosso país”, afirmou durante evento nesta segunda-feira (25/10).
Em outra ocasião, ele havia afirmado que não pediu demissão ao presidente e que a amizade continuava forte. Durante uma coletiva ao lado de Bolsonaro, Guedes cometeu um ato falho e disse que tinha escolhido o executivo André Esteves, do BTG Pactual, para comandar a Secretaria de Orçamento e Tesouro.
Na verdade, o escolhido foi o ex-ministro do Planejamento Esteves Colnago, enquanto André Esteves era cotado pela ala política para assumir o posto de Guedes durante a semana de fortes tensões.
“Eu não pedi demissão, em nenhum momento eu pedi demissão. Em nenhum momento o presidente insinuou qualquer coisa semelhante. Quando eu me referi ao André Esteves, é porque eu soube que enquanto eu estava lá fora teve uma movimentação política aqui”, disse Guedes em resposta ao Metrópoles.