Projeto de militares prevê economia de R$ 10 bilhões em 10 anos
Em 20 anos, o impacto estimado é de R$ 33,65 bilhões. Para Paulo Guedes, as Forças Armadas estão fazendo “grande sacrifício”
atualizado
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A proposta de reforma no sistema de Previdência dos militares prevê uma economia de R$ 10,45 bilhões em dez anos, segundo dados divulgados pelo governo federal na tarde desta quarta-feira, 20. Em 20 anos, o impacto estimado é de R$ 33,65 bilhões.
A economia prevista com a mudança nas regras do sistema de proteção social é de R$ 97,3 bilhões. Já a economia para os Estados foi calculada em R$ 52 bilhões.
O governo também estimou em R$ 10,3 bilhões a economia com a transferência da compensação dos militares temporários do Orçamento do Ministério da Defesa para o INSS, ajudando a reduzir o déficit.
O presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente ao Congresso Nacional a proposta de reestruturação do sistema de proteção social das Forças Armadas. Ele pediu que a reforma da Previdência seja totalmente aprovada até, no máximo, o meio do ano. “Se a Previdência não der certo, ficaremos em situação complicada”, disse.
R$ 1 tri
Também no Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a reforma da Previdência dos militares “trata mais da distribuição de tarefas e ‘pontos'”. Segundo ele, “o Brasil precisa de R$ 1 trilhão” com a reforma, “e não a equipe econômica”.
“Se conseguirmos fazer isso, não condenaremos as próximas gerações a ficarem presas às mesmas armadilhas”, como insolvência, disse o ministro da Economia, passando a bola para o Congresso debater a proposta.
Guedes disse ainda que as Forças Armadas estão fazendo grande sacrifício, e que o governo e a equipe econômica estão “bastante satisfeitos” com as negociações com militares. O ministro da Economia indicou que a reforma é necessária para que o governo tenha condições de pagar os benefícios a todos os trabalhadores: “precisamos de potência fiscal para manter compromisso de pagar aposentadorias”, completou.