XP, Eleva e Safra erram em projeções e investidores ficam no prejuízo
Analistas indicavam que a Bolsa de Valores do Brasil fecharia 2021 com mais de 145 mil pontos, mas previsão não se confirmou
atualizado
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A projeção dos analistas era de que o Ibovespa fechasse 2021 em mais de 145 mil pontos, mas, no último pregão do ano, na quinta-feira (30/12), o índice ficou em 104,8 mil pontos, uma frustração de 38,35%, o que extrapola qualquer margem aceitável de erro.
Em maio, a corretora de valores XP revisou a projeção do Ibovespa em 2021 de 135 mil para 145 mil pontos. Ou seja, errou grosseiramente.
No mês seguinte, o banco Safra também indicou 145 mil pontos como preço-alvo, confirmando uma estimativa que iludiu os investidores. Já a casa de análises financeiras independente Eleven estimou a Bolsa de Valores aos 138 mil pontos no fim do ano.
Na época, foi especulado um cenário ainda menos realista que os concorrentes: “Mas há uma perspectiva otimista que pode fazer com que o Ibovespa chegue a 151 mil pontos”.
Os analistas de investimento se vendem como uma espécie de bússola para investidores que precisam prever cenários, a despeito das intercorrências em um contexto de incertezas. Mas, em vez de apontarem caminhos mais próximos da realidade ou fazerem previsões dentro de uma margem de erro aceitável, as corretoras chutaram longe e erraram feio.
Quem ancorou os investimentos nas expectativas divulgadas para o ano de 2021, teve grandes prejuízos.
Trajetória anual da Bolsa de Valores brasileira, a B3