Produção industrial cresce 0,1% em abril, diz IBGE
O levantamento mostra que houve altas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 16 dos 26 ramos pesquisados
atualizado
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Em abril de 2022, a produção industrial nacional cresceu 0,1% na comparação com março, na série com ajuste sazonal. Este é o terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 1,4%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (3/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra que houve altas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 16 dos 26 ramos pesquisados.
Já em relação a abril de 2021, houve queda de 0,5%, nona taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa dessa sequência.
No acumulado do ano, frente ao mesmo indicador de 2021, a indústria recuou 3,4%. O acumulado nos últimos doze meses recuou 0,3% em abril e marcou o primeiro resultado negativo desde março de 2021 (-3,1%), mantendo a trajetória descendente iniciada em agosto de 2021 (7,2%).
Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,6%), bebidas (5,2%) e outros produtos químicos (2,8%).
Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%), de produtos de borracha e de material plástico (2,6%), de produtos de metal (2,5%) e de celulose, papel e produtos de papel (1,6%).
Por outro lado, entre as dez atividades com redução, produtos alimentícios (-4,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,2%) exerceram os principais impactos.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-13,2%) e bens de capital (-5,1%) assinalaram, em abril de 2022, as taxas negativas. Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (3,3%) e de bens intermediários (0,1%) avançaram no mês.
O setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 13,2% em abril de 2022 frente a igual período do ano anterior, décimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. Já a produção de bens de capital apontou queda de 5,1%, após avançar 4,9% em março, quando interrompeu dois meses consecutivos de taxas negativas.
O segmento de bens intermediários apontou variação positiva de 0,1% frente a abril de 2021, interrompendo, dessa forma, oito meses consecutivos de taxas negativas.
“O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis avançou 3,3%, interrompendo, assim, nove meses de taxas negativas consecutivos nesse tipo de comparação”, informa o IBGE, em nota.
Queda
No índice acumulado de janeiro a abril de 2022, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou queda de 3,4%, com resultados negativos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 63,1% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências negativas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,6%), produtos de borracha e de material plástico (-13,5%), produtos de metal (-15,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,6%).
Entre as grandes categorias econômicas, observou-se menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-17,0%), pressionada pelas reduções verificadas na fabricação de automóveis (-14,2%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (-25,7%) e da “linha marrom” (-18,0%).
Os segmentos de bens de capital (-3,0%), de bens intermediários (-2,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-2,5%) também tiveram resultados negativos, mas todos com recuos menos intensos do que o observado na média da indústria (-3,4%)