Privatização da Eletrobras: relator quer votar parecer semana que vem
A previsão do senador Marcos Rogério acompanha o cronograma do governo, que deseja ver a venda da empresa antes de 22 de junho
atualizado
Compartilhar notícia
O relator da medida provisória (MP) da privatização da Eletrobras, Marcos Rogério (Democratas-RO), afirmou nesta terça-feira (8/6), após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que se compromete a entregar seu parecer até o final desta semana e que espera votá-lo até o início da próxima.
A previsão do senador acompanha o cronograma do governo, que deseja ver a privatização da Eletrobras antes de 22 de junho.
De acordo com Marcos Rogério, ele ainda está escutando sugestões e críticas para formular o texto, mas indicou que quer trabalhar com o que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados.
“Nesse momento, estamos na fase de coletar sugestões. Nosso esforço é tentar o entendimento. Ainda não recebi as emendas. Não descarto a possibilidade de acolher emenda, porque cabe ao Senado Federal votar isso”, disse.
Questionado por jornalistas sobre uma das maiores polêmicas do texto original, em torno da contratação obrigatória de usinas térmicas pelo governo, o senador respondeu apenas que está ouvindo o setor elétrico, sem dar mais explicações.
Impacto financeiro
Diante de críticas sobre um possível aumento do custo da energia, após a privatização da estatal, o secretário especial de desestatização, Diogo Mac Cord, disse que o efeito será o contrário. Ele também participou da reunião.
“O texto aprovado pela Câmara substitui termelétricas a olho diesel, que custam em torno de R$ 1.000 ou R$ 1.200 por megabyte/hora por termelétricas a gás, já com um preço teto definido, que deve ser, no máximo de R$ 350 por megabyte/hora e que pode cair, já que haverá leilões competitivos”.
Ainda segundo Mac Cord, os cálculos que comprovam que ocorrerá uma redução da tarifa de energia com a venda da Eletrobras serão divulgados pelo Ministério de Minas e Energia em breve.