Prisões de Delcídio e Esteves pesam sobre a Bovespa, que cai quase 2%
Dentro da Operação Lava Jato, a detenção do senador estaria ligada a evidências de que o parlamentar estaria tentando atrapalhar as investigações sobre a corrupção na Petrobras
atualizado
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Alinhada à aversão ao risco que se vê no mercado de juros e câmbio, a Bovespa mostra queda consistente nesta quarta-feira (25/11), refletindo os temores sobre as consequências das prisões do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e também do banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual. As ações do setor financeiro são as mais penalizadas. O petróleo e o minério de ferro em queda também pesam sobre a bolsa doméstica.
Às 10h23, o Ibovespa registrava 47.333,61 pontos, mínima, em baixa de 1,97%. Itaú Unibanco PN caía 3,24% e Bradesco PN, -3,30%. As units do BTG derretiam 17,11%. Petrobras PN tinha queda de 2,59% e Vale ON, de 0,48%. Apenas três papéis estavam no terreno positivo: Fibria ON (+1,10%), Copel PNB (+0,69%) e Suzano PNA (+0,71%).
Após a prisão do senador, o Palácio do Planalto e o PT já começam a discutir um nome para substituí-lo na liderança do governo no Senado. O senador José Pimentel (PT-CE), atual líder do governo no Congresso, deve acumular as duas funções temporariamente. Ele já teria sido chamado para conversar com a presidente Dilma Rousseff sobre o assunto.
Já o BTG Pactual informou, em nota, que “está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários”. O BTG, presidido por Esteves, esclareceu ainda que “vai colaborar com as investigações”.
A Bolsa brasileira opera em direção oposta às suas pares no exterior. Na Europa, às 10h21, a Bolsa de Frankfurt avançava 1,46% e a de Londres, 0,80%. Em Wall Street, os índices futuros tinham ganhos modestos, com S&P 500 em +0,19% e o Dow Jones em +0,23%.