Previsão do câmbio para fim de 2016 segue em R$ 3,30
Já o câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,41 para R$ 3,40 de um levantamento para o outro – estava em R$ 3,46 um mês atrás
atualizado
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O Relatório de Mercado Focus mostrou estabilidade nas estimativas para o câmbio deste ano. O documento divulgado nesta segunda-feira, 22, pelo Banco Central indicou que a cotação da moeda estará em R$ 3,30 no encerramento de 2016, mesma projeção da semana anterior. Um mês atrás, estava em R$ 3,34. O câmbio médio de 2016 passou de R$ 3,45 para R$ 3,43 – um mês antes, estava em R$ 3,47.
Para o fim de 2017, a mediana caiu de R$ 3,50 para R$ 3,45 de uma divulgação para a outra – quatro semanas atrás estava em R$ 3,50. Já o câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,41 para R$ 3,40 de um levantamento para o outro – estava em R$ 3,46 um mês atrás.
No dia 12 de agosto, durante evento em São Paulo, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a instituição poderá reduzir sua exposição cambial em ritmo compatível com o normal funcionamento dos mercados. Ilan afirmou que é importante reduzir a intervenção, sem falar especificamente nos swaps cambiais. “É importante caminharmos para reformas microeconômicas que reduzam distorções e evitem intervenções demasiadas, aumentando a eficiência do mercado”, disse.
Balança
Mesmo com o recuo acumulado do dólar ante o real neste ano, as projeções do mercado financeiro para a balança comercial seguem fortes. Nesta semana, pelo Relatório de Mercado Focus, a estimativa de superávit comercial este ano seguiu em US$ 50,00 bilhões. Um mês atrás, estava em US$ 51,10 bilhões. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2016 ficará em US$ 50 bilhões.
Para 2017, porém, houve pior e as estimativas de superávit comercial foram de US$ 49,84 bilhões para US$ 48,40 bilhões de uma semana para outra – ante US$ 50,00 bilhões de um mês antes.
Transações e IDP
No caso da conta corrente, as previsões para 2016 continuam com um déficit de US$ 15,00 bilhões, pela nona edição consecutiva. Para 2017, o mercado prevê um rombo nas contas externas de US$ 20 bilhões, mesma projeção de uma semana antes. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 14,91 bilhões. Recentemente, o BC informou que no primeiro semestre deste ano o País acumulou déficit na conta corrente de US$ 8,444 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário nos dois anos. A mediana das previsões para o IDP em 2016 permaneceu em US$ 65,00 bilhões de uma semana para a outra – estava em US$ 63,50 bilhões um mês antes.
No primeiro semestre do ano, conforme os dados divulgados pelo BC, o IDP somou US$ 33,816 bilhões. Nas revisões promovidas pelo BC, a perspectiva é de ingresso de US$ 70 bilhões de IDP no País em 2016.
Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto permaneceu em US$ 65 bilhões.