Prévia da inflação sobe 0,23% em agosto, a maior para o mês em 3 anos
Aumento nos combustíveis pesou no resultado do IPCA-15, divulgado nesta terça pelo IBGE
atualizado
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,23% em agosto, após ter avançado 0,30% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (25/8).
O resultado ficou em linha com a mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma alta de 0,05% a 0,37%.
No ano, o índice, que é uma prévia da inflação oficial, acumula um aumento de 0,9% e de 2,28% em 12 meses.
O resultado de agosto foi o maior para o mês desde 2017, quando subiu 0,35%. Em agosto de 2019, o IPCA-15 tinha subido 0,08%.
A alta nos combustíveis ainda pressionou o orçamento das famílias neste mês. O grupo transportes passou de um aumento de 1,11% em julho para uma elevação de 0,75% este mês, respondendo por 0,15 ponto porcentual do IPCA-15 de agosto.
Os preços dos combustíveis subiram 2,31%. A gasolina avançou 2,63%, item de maior impacto individual positivo, uma pressão de 0,12 ponto porcentual sobre a inflação. O óleo diesel ficou 3,58% mais caro, enquanto o gás veicular subiu 0,47%. Por outro lado, o etanol caiu 0,28%.
As passagens aéreas ficaram 1,88% mais baratas em agosto. Também recuaram o transporte por aplicativo (-6,75%) e o seguro de veículo (-1,92%, com impacto de -0,02 ponto porcentual no IPCA-15 de agosto).
As famílias voltaram a gastar mais com alimentos, apontou o IBGE. O grupo alimentação e bebidas passou de um recuo de 0,13% em julho para um aumento de 0,34% em agosto, contribuindo com 0,07 ponto porcentual no IPCA-15 deste mês.
Os alimentos para consumo no domicílio subiram 0,61%, impulsionados especialmente pelos aumentos nas carnes (3,06%), leite longa vida (4,36%) e frutas (2,47%). Arroz (2,22%) e pão francês (0,99%) também subiram.
Por outro lado, as famílias pagaram menos pelo tomate (-4,20%), cebola (-8,04%), alho (-8,15%) e batata-inglesa (-17,16%, com impacto de -0,03 ponto porcentual no IPCA-15).