Prévia da inflação de julho é a mais elevada para o mês desde 2004
O aumento médio de 6,77% no custo da energia elétrica no país foi o principal responsável pelo índice do IPCA-15
atualizado
Compartilhar notícia
A alta de 0,64% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em julho foi a mais elevada registrada para o mês desde 2004, quando a inflação ficou em 0,93%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento médio de 6,77% no custo da energia elétrica foi o principal responsável pela inflação. Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses subiu de 3,68%, em junho, para 4,53% em julho, o resultado mais elevado desde março de 2017, quando estava em 4,73%. Em julho do ano passado, a taxa do IPCA-15 foi de -0,18%.
Alimentos
Após a pressão sobre a inflação de junho, provocada pela crise de abastecimento resultante da greve de caminhoneiros, os alimentos subiram menos nos supermercados em julho. Os gastos com Alimentação e Bebidas aumentaram 0,61% em julho, após um avanço de 1,57% em junho, com base em dados do IPCA-15.
O custo da alimentação no domicílio passou de um salto de 2,31% em junho para aumento de 0,74% em julho. De acordo com o IBGE, a desaceleração ocorreu por conta do realinhamento nos níveis de preços médios de itens alimentícios, que subiram em junho devido à paralisação dos caminhoneiros no fim do mês de maio.
Entre as principais quedas registradas em julho, estão os itens batata-inglesa (-24,80%), tomate (-23,57%), cebola (-21,37%), hortaliças (-7,63%) e frutas (-5,24%). Por outro lado, permaneceram com aumentos o leite longa vida (18,30%), frango inteiro (6,69%), frango em pedaços (4,11%), arroz (3,15%), pão francês (2,58%) e carne (1,10%).
Já a alimentação fora de casa teve um aumento de 0,38% em julho, depois do avanço de 0,29% em junho.