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Prévia da inflação de abril fica em 1,73%, maior para o mês em 27 anos

A alta foi puxada pela gasolina. Em 12 meses, acumula alta de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores

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Imagem colorida de bomba de gasolina com preços da gasolina comum de 7,84 reais
1 de 1 Imagem colorida de bomba de gasolina com preços da gasolina comum de 7,84 reais - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA), considerado uma prévia da inflação oficial do país, teve alta de 1,73% em abril, ante 0,95% registrado em março. Essa foi a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%) e a maior variação para um mês de abril desde 1995, quando o índice foi de 1,95%. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,60%.

Em 12 meses, o indicador acumula alta de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (27/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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A principal responsável pela alta da inflação no mês foi a gasolina, que teve alta de 7,51% e responde por 0,48 ponto percentual. Além disso, houve altas nos preços do óleo diesel (13,11%), etanol (6,60%) e gás veicular (2,28%).

No dia 11 de março, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 18,8% e o do óleo diesel, em 24,93%.

Outros destaques foram as passagens aéreas (9,43%), que haviam recuado em março (-7,55%), e o seguro voluntário de veículo (3,03%), cujos preços subiram pelo oitavo mês consecutivo, acumulando alta de 23,46% nos últimos 12 meses.

Depois do Transporte, a segunda maior variação entre os grupos pesquisados veio de Alimentação e bebidas (2,25%), puxada pela alta dos alimentos para consumo no domicílio (3,00%).

Os destaques ficaram com o tomate (26,17%) e o leite longa vida (12,21%), que contribuíram conjuntamente com 0,16 ponto percentual no resultado do mês. Outros produtos importantes na cesta de consumo dos brasileiros, como a cenoura (15,02%), o óleo de soja (11,47%), a batata-inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%) também tiveram altas expressivas, diz o IBGE.

Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A maior variação foi em Curitiba (2,23%), influenciada pela alta de 10,25% nos preços da gasolina. Já o menor resultado foi registrado em Salvador (0,97%), onde houve queda de 1,46% nos artigos de higiene pessoal e de 8,14% nas passagens aéreas.

Para o cálculo do IPCA-15, foram comparados os preços coletados entre 17 de março e 13 de abril de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 12 de fevereiro e 16 de março de 2022 (base). O indicador faz referência às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Expectativas para a inflação de 2022

O  Boletim Focus publicado na terça-feira (26/4), após uma paralisação de quatro semanas ocasionada pela greve de servidores do Banco Central (BC), mostrou que o mercado financeiro elevou a projeção de 2022 sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação. A estimativa subiu de 7,46% para 7,65%.

A meta de inflação perseguida pelo Banco Central este ano é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo variar entre 5% e 2%. A nova estimativa dos agentes financeiros leva a inflação a se distanciar ainda mais da meta.

Caso se confirme a estimativa do mercado, a inflação deve ficar fora do intervalo pelo segundo ano seguido.

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