Pressionado pela inflação, mercado prevê aumento da Selic para 6,63%
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de avanço melhorou para este ano e chegou a 5,26%, aponta Boletim Focus
atualizado
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O mercado financeiro prevê um maior aperto da economia neste ano, diante das projeções de aumento da inflação. É o que aponta o Boletim Focus, relatório divulgado pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira (12/7), com as expectativas fiscais para o país.
As projeções para a taxa Selic, que regula os juros, ao fim deste ano subiram para 6,63% contra 6,5% da semana passada. Para o fim de 2022, elas cresceram de 6,75% para 7%.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de avanço melhorou para 2021 e chegou a 5,26%. Para o ano que vem, entretanto, houve recuo de 0,01 ponto, para 2,09%.
No caso da inflação, a grande vilã de 2021, as estimativas subiram para 6,11% ante 6,07% do relatório anterior. Em junho, o Banco Central admitiu que o indicador deve ficar perto de 5,8% até o fim do ano. De acordo com a autarquia, o aumento dos preços é pressionado pela estiagem, o que também afeta diretamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
O centro da meta perseguido pelo governo é de 3,75%. Será considerado cumprido, entretanto, se ficar entre 2,25% e 5,25%. O resultado divulgado pelo BC projeta um cenário pessimista, em que a inflação extrapola a média estipulada.
A instituição informou ainda que a chance da inflação superar o teto da meta de 5,25% para este ano passou de 41% para 74%. Caso a meta não seja cumprida, o BC deverá escrever uma carta pública justificando os motivos.