“Presidente não cedeu coração da política econômica”, diz Guedes
Jair Bolsonaro trabalha em reforma ministerial, para reforçar sustentação do governo no Senado
atualizado
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Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, acertarem o desmembramento do “superministério”, com a separação das áreas de Trabalho e Previdência, Guedes saiu em defesa das decisões do mandatário do país.
O titular da pasta federal afirmou, nesta quinta-feira (22/7), que “a melhor interpretação para isso” é que “o presidente não cedeu o coração da política econômica por pressão política a outros partidos”.
Articulada por Bolsonaro, a dança das cadeiras faz parte da estratégia de reforçar a sustentação do governo no Senado, onde o presidente tem sofrido forte pressão por conta do avanço das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.
Sobre isso, Guedes diz que a reforma ministerial é “um movimento político natural”. “Ter ministro da Casa Civil político é absolutamente natural”, completou.
A costura está sendo feita para que o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, assuma o comando do novo Ministério do Emprego e Previdência. Assim, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, ficará no lugar de Onyx na Secretaria-Geral, e a vaga de comando da Casa Civil estará aberta para o presidente do Progressistas e um dos líderes do Centrão, Ciro Nogueira.
“Durante a campanha, com Onyx, construímos juntos a Carteira Verde e Amarela. É como se ele fosse parte da equipe econômica. Tanto que fizemos acordo de que Bruno Bianco vai ficar de secretário, para dar sequência”, defendeu Guedes. A informação foi adiantada pelo Metrópoles.
A mudança já deve ocorrer na semana que vem, conforme afirmou o próprio presidente Jair Bolsonaro em entrevista à rádio Banda B, parceira do Metrópoles, nesta manhã.