Presidente da Petrobras: governo nunca interferiu em preços de combustíveis
Roberto Castello Branco se reuniu com o presidente Bolsonaro e ministros no Palácio do Planalto. Ele afirmou que a empresa tem independência
atualizado
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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta sexta-feira (5/2) que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca interferiu nos preços de combustíveis ou em assuntos internos da empresa.
“O governo, ao longo desses mais de dois anos de sua gestão, nunca interferiu nos preços de combustíveis ou qualquer assunto interno da Petrobras”, disse Castello Branco, ressaltando que os preços são determinados de forma global. “A Petrobras segue, portanto, as cotações internacionais. Fazer diferente disso foi desastroso no passado.”
Ele disse ter feito ao presidente e aos ministros uma explicação sobre o funcionamento do mercado de combustíveis durante a reunião desta sexta no Palácio do Planalto. Além de Castello Branco e Bolsonaro estiveram os ministros Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
“A experiência passada com preços descolados do mercado internacional gerou perda para a Petrobras de US$ 40 bilhões, que não se concentrou apenas na Petrobras, isso se espraia pelo resto da economia brasileira, piora a percepção de risco, contribui para desvalorizar a nossa moeda, o real, contribui para aumentar taxas de juros internas, para a inflação e também para desestimular investimentos”, disse Castello Branco.
Entre 2011 e 2015, o governo Dilma Rousseff (PT) estabeleceu a política de preços dos combustíveis. Em 2018, sob a gestão Michel Temer (MDB), a Petrobras definiu uma política de reajustes diários. “Deu no que deu”, disse Castello Branco. Em maio daquele ano, uma greve de caminhoneiros paralisou o Brasil.
“No governo do presidente Bolsonaro, a Petrobras é independente, determinando os preços de acordo com o mercado internacional, espaçando as variações, não seguindo uma regra fixa para não beneficiar terceiros”, defendeu.
Castello Branco lembrou que a Petrobras não apenas aumenta preços, mas também os reduz. De acordo com ele, nos cinco primeiros meses do ano passado, a Petrobras reduziu os preços nas refinarias em 40%, mas nos postos a redução foi só de 14%.
“Graças à independência que a Petrobras tem gozado neste governo, avanços significativos têm sido realizados. Em 2019, a Petrobras foi a empresa de petróleo no mundo que mais investiu. Em 2019, o Brasil deixou de ser importador líquido para ser exportador líquido de petróleo. Em 2020, recorde nas exportações de petróleo, recorde de produção.”