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Preço do etanol cai 14,23% em três meses; vendas apresentam queda

Em 12 meses, até maio de 2022, vendas caíram 12,72%, em comparação com o período em 2021. Em quatro semanas, preços caíram 7,94%

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
frentista coloca bomba de gasolina e abastece carro
1 de 1 frentista coloca bomba de gasolina e abastece carro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os preços do etanol pelo Brasil caíram, em média, 4,24% entre a última semana de junho e a semana passada, segundo dados de preços do biocombustível da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Nas últimas quatro semanas, o etanol hidratado vem caindo na média nacional.

Desde a semana do dia 12 de junho até a semana passada, do dia 3 de julho, acumula queda de 7,94%. Mesmo assim, segundo a ANP, as vendas do combustível apresentam queda.

A venda do etanol em maio reduziu 12,72% no acumulado de 12 meses frente ao registrado no período em 2021. De abril para maio de 2022, as vendas caíram 6,94%.

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Para saber a resposta, é necessário realizar uma conta básica. Prepare a calculadora (ou a mente!)
Divida o preço do litro do álcool pelo da gasolina. Caso o resultado seja igual ou inferior a 0,71, o indicado é que o álcool seja utilizado. No entanto, se o resultado for superior a 0,72, significa que a gasolina será o melhor negócio
Por exemplo, se nos postos o litro do álcool custa R$ 5,00 e o da gasolina está chegando a R$ 7,00, dividindo o primeiro pelo segundo, o resultado será R$ 0,71. Ou seja, nesse caso, o álcool será mais vantajoso
Levando em consideração o modelo do carro, será necessário dividir o valor do desempenho do automóvel com o álcool pelo desemprenho que ele tem com a gasolina
Se o veículo circular 7,2 km/litro com álcool e 10 km/l com gasolina, temos 0,72 ou 72% de rendimento com álcool. Nesse caso, a gasolina é a indicada
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Recentemente, a Petrobras anunciou o aumento de 18,8% na gasolina, e de 24,9% no diesel nas refinarias. Devido ao reajuste, que começou a valer em 11 de março, consumidores passaram a questionar qual combustível é o mais vantajoso na hora de abastecer

PhotoAlto/James Hardy
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Para saber a resposta, é necessário realizar uma conta básica. Prepare a calculadora (ou a mente!)

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Divida o preço do litro do álcool pelo da gasolina. Caso o resultado seja igual ou inferior a 0,71, o indicado é que o álcool seja utilizado. No entanto, se o resultado for superior a 0,72, significa que a gasolina será o melhor negócio

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Por exemplo, se nos postos o litro do álcool custa R$ 5,00 e o da gasolina está chegando a R$ 7,00, dividindo o primeiro pelo segundo, o resultado será R$ 0,71. Ou seja, nesse caso, o álcool será mais vantajoso

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Levando em consideração o modelo do carro, será necessário dividir o valor do desempenho do automóvel com o álcool pelo desemprenho que ele tem com a gasolina

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Se o veículo circular 7,2 km/litro com álcool e 10 km/l com gasolina, temos 0,72 ou 72% de rendimento com álcool. Nesse caso, a gasolina é a indicada

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Para saber o desempenho que o seu carro faz com cada um dos combustíveis, caso o seu automóvel não tenha computador de bordo que forneça a informação, você precisará encher o tanque e anotar o número ou zerar o hodômetro parcial

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Feito isso, percorra a distância necessária para esvaziar o tanque e o encha novamente com o outro combustível, dividindo o total de litros abastecido pela quilometragem rodada

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Ao descobrir o que o carro faz com cada um dos combustíveis, divida o valor do álcool pelo da gasolina, para saber qual é o mais vantajoso

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Mesmo assim, foi o sexto maior resultado em vendas no mês desde o início da série histórica iniciada em 2000. Os dados são os mais recentes da ANP. Desde maio, o preço já caiu 14,23%

O etanol é um biocombustível, produzido principalmente pelo processamento da cana-de-açúcar, mas com parcela crescente do produzido a partir do milho. É um combustível com menor preço em comparação à gasolina. entre 3 de julho a 9 de julho, segundo a ANP, o etanol variou entre R$ 3,63 e R$ 7,89; A gasolina comum esteve entre R$ 5,22 e R$ 8,52 nesse período.

Produção e preços

Maciel Silva, coordenador de produção agrícola da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), vê que existem incentivos para a produção e consumo de etanol, cita o antigo programa Proálcool, mas reconhece que os preços e o consumo do biocombustível depende das condições do mercado.

O mercado de açúcar dita a quantidade de cana que será produzida e destinada à produção do etanol. O câmbio é outro fator importante na equação, uma vez que commodities são precificadas em bolsa e, sendo o milho e a cana commodities, a variação dos preços se acentua na troca de uma moeda por outra na transação.

Tributação é outro tópico principal para a competitividade do etanol. Antes da instituição do teto da alíquota do ICMS, esse imposto era reduzido no biocombustível, o que o tornava mais interessante economicamente. Era um incentivo para o consumo. Hoje, aponta o pesquisador da FGV Diogo Lisbona, é provável que essa diferença que beneficiava o consumo de etanol seja menor, o que desinteressa o consumidor.

Tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15 de 2022, que busca manter a diferença entre os preços com base na limitação da tributação do etanol. Na prática, os impostos sobre o etanol devem ser menores de forma a manter a distância dos preços entre esses combustíveis, o que manteria a competitividade do etanol frente à gasolina.

Etanol de milho

A colheita do milho de segunda safra está em andamento. Segundo a Companhia Nacional de abastecimento (Conab), os resultados seta safrinha 2021/22 devem ser 9,7% maior que à segunda safra do ano anterior. O milho, dentre os muitos usos, têm sido amplamente adotado na produção de etanol, e a segunda safra é mais relevante para a produção do biocombustível.

O etanol de milho corresponde por 15% do volume total do álcool produzido. Esse avanço da produção é notável, uma vez que na safra 2015/16, 141 milhões de litros eram produzidos e saltou para 3,47 bilhões nesta safra de 2021/22. Há projeções da União Nacional de Etanol de Milho (Unem) de o etanol de milho chegar à marca de 4,5 bilhões de litros na safra 2022/23.

Maciel Silva, coordenador de produção agrícola da CNA, aponta que a produção do etanol de milho não necessariamente concorre com outros produtos. “Não há concorrência. A produção do etanol consegue coexistir com a produção do farelo de milho, usado na alimentação animal, e com a produção o óleo de soja”, explica.

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