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Possível dobradinha Haddad-Arida alivia tensão, mas indefinição pesa

Investidores ainda esperam resolução sobre ministérios: enquanto nome de Fernando Haddad desagrada, Pérsio Arida alivia tensão do mercado

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Ex-presidente Lula e Haddad em ato em São Paulo
1 de 1 Ex-presidente Lula e Haddad em ato em São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Com chances reais de ocupar o Ministério da Fazenda, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad desponta como o favorito no PT para ocupar o cargo, apesar do desconforto do mercado. Para balancear, a gabinete de transição aventa o nome de Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central, para o Planejamento.

A possível dobradinha Haddad-Arida deu uma “sensação de otimismo” aos investidores. No fechamento de quinta-feira (24/11), as negociações saltaram 2,75% e o Ibovespa, próximo dos 112 mil pontos. Já nesta sexta (25/11), com a indefinição sobre a Fazenda e o Planejamento, próximo das 11h30, o Ibovespa despencou 1,78% negociado próximo dos 110.555 pontos. O câmbio subia 0,53% e o dólar chegava a R$ 5,35. O dólar encerrou o dia em queda de 1,18%, negociado a R$ 5,3100.

Lula se reúne com líderes para discutir o futuro do núcleo duro da Esplanada dos Ministérios e tenta convencer Pérsio Arida a compor seu governo. Enquanto se negocia com Arida, o cenário para a apresentação e indicação de Haddad à Fazenda ocorre em São Paulo, no mesmo dia em que Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, estará ao lado do ex-prefeito em um evento da Federação de Brasileira de Bancos (Febraban).

Apesar do nome de Haddad despontar como favorito, o ex-ministro da Saúde, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) também comparecerá ao almoço com os banqueiros.

À espera da indicação de Lula

Lula deve indicar logo quem ocupará a Fazenda, pois aliados de outras siglas ouvidos pelo site em caráter reservado afirmam que um dos entraves para a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição está justamente na falta indicação à Fazenda, o que faz o Congresso Nacional ter ressalvas quanto ao texto e ao buraco no teto.

Aos jornalistas, o senador Jaques Wagner confirmou a ressalva de outros aliados. “Eu acho que falta mais, por enquanto, um ministro da Fazenda. Eu não acredito em mágico. Ninguém sozinho vai fazer nada. Eu estou ajudando, porque essa é a minha experiência, de articulador político, mas não sou eu que estou fazendo sozinho, tem muita gente envolvida. É que querem botar nas minhas costas tudo”, disse.

O líder da minoria na Câmara dos Deputados, Alencar Santana (PT-SP), disse ao Metrópoles que apesar dos nomes ventilados, como Arida e Haddad, são apenas “especulações”, pois o importante é o que o Lula quer. “Aguardamos Lula. Ele disse que quer combinar técnico com política e deverá fazer isso no ministério”, destacou.

A PEC quer retirar o Bolsa Família do teto gastos, abrindo um buraco de R$ 200 bilhões anuais (R$ 800 bilhões em quatro anos) em despesas sociais.

Nelson Barbosa 

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, que ocupou a cadeira no final do governo Dilma Rousseff (2012-2016) foi questionado durante uma coletiva na quinta, após se reunir com Paulo Guedes no Ministério da Economia, para discutir à transição. Ele não negou. “É com o presidente Lula, só ele pode dizer”, declarou.

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