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Por que as gigantes de tecnologia patinam no mercado?

Com demissões e lucro em queda, as “big techs” vivem a ressaca do auge da pandemia, quando as vendas explodiram. Mas nem todas vão mal

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Mark Zuckerberg Facebook
1 de 1 Mark Zuckerberg Facebook - Foto: Reprodução/Facebook

No auge da pandemia, quando o mundo se tornou “remoto”, as gigantes globais de tecnologia, as big techs, experimentaram um crescimento formidável. Isso tanto no que diz respeito à venda de equipamentos quanto à oferta de serviços online. Agora, chegou a hora da ressaca. Nos últimos meses, quatro entre as cinco maiores empresas do setor vêm amargando resultados minguantes.

E o motivo da guinada abarca um pacote considerável de encrencas. Além do arrefecimento da demanda, essas companhias convivem hoje com inflação e juros em alta, crédito em baixa, ameaça de recessão nos países desenvolvidos, tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a China, além da guerra na Ucrânia.

O impacto desse imbróglio em cada uma das cinco gigantes de tecnologia é o seguinte:

Meta (Facebook, Instagram e Whatsapp)

Além da conjuntura negativa, enfrenta um desfio peculiar. Investe US$ 10 bilhões por ano no metaverso, um ousado projeto de realidade virtual, que ainda não conquistou o mercado. “A ideia desperta interesse entre entusiastas da tecnologia, mas não possui a clareza necessária para atrair investidores”, diz Régis Chinchila, da Terra Investimentos. Entre julho a setembro, o lucro da empresa caiu 52% em comparação com os mesmos meses de 2021. Na quarta (9/11), anunciou a demissão de 11 mil funcionários.

Alphabet (Google e YouTube)

Sofre com a queda de anunciantes, principalmente no YouTube, que enfrenta a concorrência do TikTok, a plataforma de vídeos curtos da chinesa Bytedance. Registrou lucro líquido de US$ 13,9 bilhões no terceiro trimestre de 2022, o que representa uma queda de 26,5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Amazon

É uma empresa de tecnologia, mas com um pé no varejo. Com isso, acusa rapidamente quedas no consumo. No último trimestre, o lucro diluído por ação foi de US$ 0,28, ante US$ 0,31 em 2021. No anúncio do balanço, no fim de outubro, as ações caíram 20%. Entre janeiro e setembro, acumulou prejuízo de US$ 3 bilhões.

Microsoft

O segmento de serviços em nuvem desacelerou no último trimestre, após grande expansão nos últimos anos, observa Chinchila, da Terra Investimentos. Ainda assim, a receita aumentou 10,60% na comparação anual, passando de US$ 45,31 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para US$ 50,12 bilhões no mesmo período de 2022. Já o lucro líquido diminuiu de US$ 20,50 bilhões para US$ 17,55 bilhões no mesmo período.

Apple

“Foi a exceção da temporada”, afirma Chinchila. “Os consumidores sustentaram os ganhos da empresa. Nela, o impacto de um trimestre de dificuldades para o setor foi apenas uma fração do sentido pelos pares.” No último balanço, registrou lucro líquido de US$ 20,72 bilhões, alta de 0,82% em relação ao ano passado.

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