metropoles.com

Planos privados são opção à instabilidade da Reforma da Previdência

Confira dicas de especialistas e use um simulador para calcular a aplicação. Setor tem atraído mais pessoas, como a família de João Pereira

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Giovanna Bembom/Metrópoles
manchete
1 de 1 manchete - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Diante das incertezas sobre as mudanças na aposentadoria pública, os brasileiros têm acelerado o passo para investir em previdência complementar. Uma prova é que os números do setor cresceram este ano. A ordem é se organizar e planejar bem a aplicação para garantir estabilidade financeira mesmo após o encerramento da vida profissional.

E quanto mais cedo começar a investir, melhor. Se duvida, faça as contas. O Metrópoles te ajuda, com um simulador. Em um exemplo prático, os pais que investem um valor simbólico de R$ 100 por mês para um filho, aos 65 anos, ele terá quase R$ 1 milhão. Aos 30, esse valor final não passará de R$ 142 mil, considerando um rendimento de 0,5% ao mês.

O corretor João Pereira, 50 anos, não perdeu tempo. Ele e a esposa resolveram se prevenir e investiram em previdência complementar para os cinco filhos (foto em destaque), e desde cedo. Deram de presente de um ano para cada uma de suas crianças um plano de previdência privada. O casal também faz a sua própria aplicação.

“É uma reserva para o futuro. Não quer dizer que eles (os filhos ) vão se aposentar com esse dinheiro. Pode ser um pé de meia para a época da faculdade ou até mesmo um capital para abrir um negócio”, explicou o corretor, que também é vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, Empresas Corretoras de Seguros e Previdência Privada no Distrito Federal (Sincor-DF).

Pereira é parte de um grupo que cresce na contramão da economia brasileira, ainda combalida pela crise. Apenas de janeiro a agosto de 2016, as contribuições para a previdência complementar aumentaram 16,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os aportes somaram R$ 70,6 bilhões ante R$ 60,5 bilhões, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

No Distrito Federal, houve ligeira retração no volume das contribuições, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os investimentos caíram de R$ 167,8 bilhões em 2015 para R$ 165,7 bilhões (confira arte).

Na visão de analistas, o aumento no país é consequência de um conjunto de fatores. Entre eles, a maior confiabilidade no sistema e a rentabilidade mais atraente que a poupança. Além disso, há o impulso gerado pela intensificação no debate da reforma na previdência pública.

Cofecon/Divulgação
Júlio Miragaya, do Cofecon

O economista Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), diz que, na última vez que o governo debateu reformas na previdência, há 13 anos, ele acabou buscando a aposentadoria privada como forma de garantir seus rendimentos depois que encerrasse a carreira.

“No bojo dessas mudanças, eu achei por bem, como estava na meia idade, contratar a previdência complementar, já que a pública não iria permitir manter meu padrão devida”, diz.

Para Renato Meireles, presidente do Instituto Locomotiva e especialista em comportamento da classe média, a busca por alternativas no setor privado é um reflexo da falta de confiança da população na classe política.

“Nesse cenário sem luz no fim do túnel, a classe média começa a procurar soluções individuais para garantir que vai manter o seu padrão de vida mais à frente”, avalia.

Então, que tal garantir que a sua aposentadoria irá transcorrer tranquilamente, independentemente das consequências da reforma? De acordo com a planejadora financeira e professora de finanças da pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV) Myrian Lund, o primeiro passo é saber qual das duas modalidades de previdência privada se adapta melhor a você: o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL).

“O PGBL pode ser descontado do Imposto de Renda, por isso, é recomendado para quem faz a declaração completa. Por outro lado, na hora de sacar, o tributo será sobre o valor total”, explicou Myrian. “Já o VGBL é melhor para quem faz a declaração simplificada, porque não desconta. Mas na hora de sacar, o imposto incide só no rendimento”, compara.

Desenvolvido por konkero@konkero.com.br

 

Confira outras dicas

  • Muita atenção às taxas de administração dos planos. De acordo com os especialistas, uma taxa mensal de 3% é considerada altíssima
  • Outro conselho é procurar planos vinculados a empresas e entidades de classe, que costumam conseguir taxas de rendimento melhores e de administração melhores que na procura individual
  • Há duas modalidades de previdência a serem observadas: progressiva e regressiva
  • A primeira (progressiva) segue as regras do Imposto de Renda e o desconto é pelo valor a ser retirado
  • Já na regressiva, a alíquota vai caindo com o tempo, começando geralmente em 35%

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?