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Plano decenal para energia considera recuperação de produção da Petrobras

Aumento do preço do petróleo em mercados internacionais também é esperado

atualizado

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Petrobras/Agência Brasil
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1 de 1 petro_rs - Foto: Petrobras/Agência Brasil

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou nesta quarta-feira (16/9) que o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2024, apresentado hoje, considera a expectativa de recuperação da curva de produção de petróleo por parte da Petrobras e demais empresas privadas do setor. Para viabilizar tais investimentos, é esperada também a recuperação dos preços do petróleo.

“Estamos falando de um horizonte de dez anos. É um período em que há toda a condição de retomada do nível de investimento de produção. Claro que há certo atraso, e essa curva de crescimento ficou um pouco postergada, mas podemos chegar à meta sem problemas”, afirmou Tolmasquim.

O PDE 2024, que ainda passará por uma etapa de discussões públicas, prevê que a produção de petróleo brasileiro alcançará 5 milhões de barris por dia (bpd) dentro de uma década, das quais dois terços viriam do pré-sal. Os números são idênticos às projeções apresentadas no ano passado pela EPE para o ano de 2023.

O plano, segundo Tolmasquim, também leva em consideração a expectativa de uma participação relevante de outros produtores, além da Petrobras. O PDE projeta excedente de 2 milhões de bpd para exploração em 2024, número que supera a previsão de excedente de 1,5 milhão de bpd divulgada no plano para 2023.

Os investimentos das produtoras de petróleo e gás, contudo, dependem de uma recuperação dos preços internacionais do petróleo, cenário igualmente considerado pela EPE. “Quando se chega a certo preço, a produção nos campos marginais, aqueles mais caros, fica inviável. Com isso, a oferta diminui e há espaço para o preço subir. É um comportamento de mercado que vai acontecer”, afirma.

O PDE 2024 também prevê a produção líquida potencial de 99 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) de gás natural em 2024, quase o dobro dos 56 milhões de m3/d de 2014. Já a produção doméstica de etanol saltará 51,7%, de 29 bilhões para 44 bilhões de litros em 2024.

No plano de 2023, a EPE projetava uma produção de gás muito maior, de 134 milhões de m3/d. Já a produção de etanol atingiria 48 bilhões de litros em 2023.

Investimentos

Em oposição às expectativas de queda de produção, o PDE 2024 indica maiores desembolsos por parte das empresas. Se no plano anterior os investimentos na área de petróleo e gás natural somavam R$ 879 bilhões, agora, até 2024, o valor projetado é de R$ 993 bilhões. No caso da cadeia de biocombustíveis, incluindo a produção e infraestrutura, o valor foi reduzido de R$ 82 bilhões para R$ 39 bilhões.

O investimento total do setor de energia durante a próxima década deve somar R$ 1,407 trilhão, incluindo R$ 376 bilhões em investimentos nas áreas de geração e transmissão de energia. No PDE 2023, o investimento estimado somava R$ 1,263 trilhão, incluindo R$ 301 bilhões em energia elétrica. Como os valores projetados são divulgados em real, o efeito cambial tem impacto direto nas projeções da EPE.

Fonte: Agência Estado

Foto: Petrobras/ABr

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