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Planejamento vai desbloquear R$ 2 bilhões para ministérios

O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa para apresentar o Relatório de Receitas e Despesas do último bimestre (março e abril)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
MPOG – ministério do planejamento, orçamento e gestão
1 de 1 MPOG – ministério do planejamento, orçamento e gestão - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, confirmou nesta terça-feira (22/5) que serão desbloqueados do Orçamento federal um total de R$ 2 bilhões nos próximos dias. Segundo o ministro, do total de recursos a serem disponibilizados, R$ 550 milhões serão destinados para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 400 milhões para o Ministério da Educação e R$ 180 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa para apresentar o Relatório de Receitas e Despesas do último bimestre (março e abril), em Brasília. Colnago não deu detalhes sobre para onde irá o restante das verbas

O descontingenciamento de recursos orçamentários foi possível diante da previsão de aumento da arrecadação com leilões do petróleo esse ano, cuja estimativa de aporte adicional é de R$ 14,4 bilhões, além de outros R$ 2 bilhões com o pagamento de royalties de exploração para a União.

Apesar de liberação de recursos, o governo manterá outros R$ 9,1 bilhões bloqueados. “[Esse] restante vai ser reservado, primeiro, por prudência, e muito por conta de riscos que remanescem, do risco fiscal”, admitiu o ministro Esteves Colnago, ressaltando eventuais impactos da renegociação das dívidas das microempresas, ainda não calculados.

Teto dos gastos
Esse volume faz parte do total de R$ 123,7 bilhões em orçamento discricionário (despesas não-obrigatórias) previsto para o ano e já desconta a previsão de arrecadação de R$ 12,2 bilhões com a privatização da Eletrobras, que aparecia no relatório do bimestre anterior.

O valor também exclui um total de R$ 5,7 bilhões, que representa a redução necessária nas despesas para o governo atender o limite previsto da Emenda Constitucional nº 95/2016, conhecida como emenda do teto dos gastos públicos. A norma vincula o aumento de despesas no orçamento ao limite da inflação média do ano anterior.

Para o ministro, lidar com o limite do teto de gastos “é um desafio” para o governo, responsável por definir prioridades. “Se eu não tenho espaço para tudo, devo saber o que é mais importante. (…) É importante ter atingido o teto dos gastos, vai colocar de forma explícita e discutir prioridades”, afirmou Esteves Colnago.

Crescimento
Ao comentar a redução da expectativa de crescimento do PIB em 2018, a secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, lembrou: a reação da economia é “indiscutível” em um país que saiu de queda de 3,6% do PIB em 2016.

“Já iniciamos recuperação de 1% em 2017 e temos uma estimativa de 2,5% [esse ano]. A recuperação está em curso por fatores dinâmicos positivos, como a recuperação do investimento. Todo esse processo veio ensejado por uma mudança na direção da política econômica, com foco na situação fiscal, a consolidação fiscal ao longo do tempo, com a regra do teto [dos gastos], mudança TLP [Taxa de Longo Prazo], nova taxa de juros do BNDES em vigor, a reforma trabalhista”, defendeu.

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