Planejamento reduz previsão de queda do PIB para 3,1% em 2016
O governo atualizou os parâmetros macroeconômicos para este ano. De acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre, divulgado nesta sexta-feira, 22, a previsão para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 3,8% no relatório de maio para 3,1%. Já a previsão de inflação ano é maior. […]
atualizado
Compartilhar notícia
O governo atualizou os parâmetros macroeconômicos para este ano. De acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre, divulgado nesta sexta-feira, 22, a previsão para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 3,8% no relatório de maio para 3,1%. Já a previsão de inflação ano é maior. De acordo com o documento, o governo espera que o IPCA de 2016 seja de 7,2%, ante 7% no documento anterior.
Após uma variação maior no câmbio desde que o presidente em exercício, Michel Temer, assumiu o Palácio do Planalto, o governo reviu a expectativa de câmbio médio para o ano passou de R$ 3,7 para R$ 3,5.
De acordo com o documento, a materialização de riscos fiscais foi de R$ 16,5 bilhões. Mas, segundo o relatório, esses gastos já estavam considerados na recomposição da meta fiscal deficitária em R$ 170,5 bilhões. “Assim, o ajuste de R$ 16,5 bilhões, no âmbito do Poder Executivo, correrá à conta de reserva de saldo remanescente para absorção de riscos fiscais, sem comprometimento dos valores previamente distribuídos para os órgãos do governo federal”, diz o documento.
As novas previsões do governo preveem ainda uma queda de R$ 10,774 bilhões de receitas primárias totais e uma redução de receita líquida de R$ 7,866 bilhões.
Nas despesas obrigatórias, há previsão de aumento de R$ 8,633 bilhões. Já nas despesas discricionárias, o governo espera reduzir o gasto em R$ 16,5 bilhões.
Previdência
O déficit do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) será de R$ 149,238 bilhões neste ano, um valor ainda maior do que o previsto em maio, que era negativo em R$ 146,365 bilhões, segundo o relatório.
O aumento do déficit foi de R$ 2,872 bilhões, fruto de uma projeção de aumento mais intenso nos gastos do que na arrecadação líquida do Regime Geral.
Segundo o relatório, a arrecadação líquida da Previdenciária será de R$ 358,6 bilhões, mas o pagamento de benefícios totalizará R$ 507,838 bilhões. Na avaliação anterior, de maio, a previsão era uma arrecadação líquida de R$ 356,909 bilhões, contra gastos de R$ 503,274 bilhões.