Pilotos e comissários da Gol e Latam aceitam reduzir salários
Jornada também será menor. Mudanças aprovadas pelos aeronautas valem até junho em função da crise no setor provocada pelo novo coronavírus
atualizado
Compartilhar notícia
Pilotos e comissários das empresas aéreas Latam e Gol aceitaram proposta dos patrões para reduzir salários e a jornada de trabalho em função da pandemia do novo coronavírus. As assembleias foram realizadas com votações on-line.
O acordo emergencial tem validade até junho deste ano. A partir do pagamento de maio, referente à competência do mês de abril, a remuneração fixa (salário + gratificações de senioridade e de equipamento, quando houverem) será reduzida em 50%, no caso da Latam, e 30%, na Gol, aumentando gradativamente até 50%.
Em troca, as empresas ofereceram a garantia de emprego para todos os tripulantes durante a vigência do acordo.
A parcela fixa não pode ser menor do que o piso salarial dos trabalhadores da aviação. Hoje, o piso de pilotos é de R$ 9,4 mil, o de copilotos é R$ 4,9 mil e o de comissários, R$ 2.277. O salário da categoria é composto por uma parcela fixa e uma remuneração variável, que depende do número de horas voadas.
A Azul, terceira maior empresa do setor, também formalizou uma proposta ao sindicato dos aeronautas de acordo coletivo que prevê a redução de 15% dos salários-base dos seus funcionários, mas o texto ainda não foi votado.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou que as demais previsões da Convenção Coletiva de Trabalho e da Lei do Aeronauta permanecem inalteradas, incluindo as diárias e o vale alimentação. Os detalhes de cada proposta aprovada podem ser conferidos aqui.
A partir deste sábado (24/03), segundo informou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o número de voos diários no Brasil vai cair para cerca de 170.
Segundo a Abear, apenas grande capitais e cidades vão permanecer oferecendo voos regulares. Atualmente, o número de voos diários chega a, aproximadamente, 3 mil.