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PIB cresce 0,2% afetado por greve de caminhoneiros e indica estagnação

Paralisação nacional, no fim de maio, levou a economia do país à estagnação no período

atualizado

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MARCOS SANTOS/USP IMAGENS
PIB
1 de 1 PIB - Foto: MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,2% no segundo trimestre do ano, após alta de 0,4% no primeiro trimestre, refletindo a fraca atividade econômica no país. Trata-se da sexta alta consecutiva. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Analistas do mercado apontam que a paralisação dos caminhoneiros, no fim de maio e início de junho, foi um dos fatores determinantes para o tímido resultado, ainda que, para uma parcela dos especialistas, a avaliação seja de que outros fatores já indicavam um resfriamento do ritmo de expansão.

O resultado ficou dentro da pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast com 49 instituições. As estimativas variavam entre retração de 0,62% a alta de 0,50%, com mediana de crescimento de 0,10% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

O economista-sênior do Haitong Banco de Investimentos, Flávio Serrano, apontou, antes da divulgação dos dados do IBGE, que a paralisação dos caminhoneiros foi determinante para a redução da atividade econômica. A estimativa da instituição do analista era de retração de 0,2% do PIB.

“A queda é basicamente por efeito da greve. Se observarmos o desempenho desagregado dos setores, a indústria foi claramente a mais afetada pela parada na produção em diversas categorias”, comentou. Ele também afirmou que o resultado deve ser melhor no terceiro trimestre. “O resultado é ruim, mas também foi impactado por questões pontuais, então deverá se recuperar no próximo trimestre [terceiro]”, apontou.

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, lembra que chegou a esperar 0,80% de expansão para o PIB do segundo trimestre no início de 2018, mas as últimas estimativas foram de alta de 0,40%. Para ele, a desaceleração na expectativa deveu-se não somente aos efeitos da greve dos caminhoneiros, mas também a um processo de arrefecimento da atividade que se iniciou no primeiro trimestre. “A greve ajudou a travar o crescimento em um ambiente onde a confiança já estava baixa. Os dados de abril vieram relativamente bons, depois caíram em maio e, em junho, apresentaram números estranhos”, relembrou. Segundo Vieira, o consumo também ficou mais fraco com a paralisação.

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