PIB: Brasil se recupera da pandemia e da recessão de 2016, diz governo
Em nota publicada após divulgação do PIB do 1º trimestre, ministério da Economia ponderou que a economia está em trajetória de crescimento
atualizado
Compartilhar notícia
Em nota publicada nesta quinta-feira (2/6) após a divulgação do resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2022, o Ministério da Economia pondera que a economia brasileira segue em trajetória de crescimento neste ano e afirma que o país tem conseguido superar duas crises recentes: a causada pela pandemia de Covid-19 e a recessão de 2015 e 16.
A pasta comandada por Paulo Guedes ressalta que os efeitos remanescentes da pandemia e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia têm causado dificuldades de recuperação das cadeias globais de produção e alta da inflação, mas ressalta que, mesmo nesse contexto adverso, a atividade econômica brasileira mostrou-se positiva no primeiro trimestre de 2022 em vários ramos, com destaque para a indústria e os serviços.
“A economia brasileira continua na trajetória de crescimento em 2022. Os resultados do 1T22 confirmam a sustentação da atividade econômica. Apesar dos efeitos remanescentes da pandemia e dos impactos da guerra Rússia x Ucrânia, que têm causado dificuldades de recuperação das cadeias globais de produção e alta da inflação, o Brasil tem conseguido recuperar-se de duas crises, tanto em relação aos efeitos da pandemia de COVID-19 quanto aos da recessão de 2015-16”, diz o ministério.
A nota da Secretaria de Política Econômica diz que a recuperação da economia brasileira ocorre ao mesmo tempo em que há revisão para baixo nas projeções de PIB em vários países desenvolvidos e emergentes.
“Cabe destacar que a melhora da atividade local ocorre a despeito da deterioração nas projeções do PIB nas principais economias”, destaca a pasta.
Na nota publicada nesta quinta, o Ministério da Economia também ressalta que as projeções dos analistas de mercado para o PIB 2022 têm melhorado desde março, devido aos resultados mais positivos dos indicadores de atividade, em especial os serviços, mercado de trabalho (com queda na taxa de desemprego) e investimentos.
O texto alega ainda que o crescimento de longo prazo da economia brasileira depende fundamentalmente de dois fatores: a consolidação fiscal (redução da relação dívida/PIB) e de uma agenda de reformas pró-mercado.
Entre as reformas, são citadas: abertura econômica, privatizações e concessões, melhora dos marcos legais e aumento da segurança jurídica, melhor ambiente de negócios e redução da burocracia, correção da má alocação de recursos e facilitação da realocação de capital e trabalho na economia.
“Fundamental destacar que o sucesso da implementação da agenda de consolidação fiscal e reformas pró-mercado está intimamente relacionado à retomada ora em curso na economia brasileira”.
PIB cresceu 1%
Segundo números divulgados na manhã desta quinta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o quarto trimestre de 2021. Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre do ano totalizou R$ 2,2 trilhões.
No acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2022, a economia brasileira cresceu 4,7%.
A alta nos primeiros três meses do ano foi puxada pelo setor de serviços, um dos mais impactados pela pandemia de Covid-19, e que vem apresentado recuperação, e também pela indústria.
Projeções
A atual projeção do Ministério da Economia para o PIB de 2022 está em alta de 1,5%. Em boletim divulgado em 19 de maio, a pasta avaliou que, neste ano, “tem ocorrido pela retomada no setor de serviços e ampliação dos investimentos, o que tem se refletido na robusta recuperação do mercado”.
Já a projeção do Banco Central (BC) está em 1%, podendo ser ajustada no próximo relatório de inflação, documento publicado a cada três meses com balanços sobre a inflação e previsões de indicadores econômicos.
Em 2021, o PIB do país registrou um crescimento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia.