Petrobras reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 266 milhões
De julho a setembro, o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia recuou 13,65% para R$ 19,223 bilhões
atualizado
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A Petrobras encerrou o 3º trimestre com lucro líquido de R$ 266 milhões, revertendo prejuízo de R$ 16,458 bilhões no mesmo período de 2016 e ante ganho de R$ 316 milhões nos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas.
O lucro líquido no terceiro trimestre ficou 89,6% abaixo das expectativas de analistas. As projeções indicaram lucro líquido de R$ 2,561 bilhões, conforme a expectativa de analistas de sete bancos consultados pelo Estadão/Broadcast (Itaú BBA, Santander, Morgan Stanley, UBS, Goldman Sachs, JPMorgan e Credit Suisse).
Nos nove primeiros meses do ano, a estatal acumulou lucro de R$ 5,031 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 17,334 bilhões de igual intervalo de 2016.O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 19,223 bilhões, baixa de 13,65% em relação ao mesmo intervalo de 2016 e aumento leve de 1% ante o segundo trimestre deste ano. O desempenho ficou 12% abaixo da média das estimativas dos analistas, que era de R$ 21,898 bilhões.
De janeiro a setembro, o Ebitda ficou praticamente estável, em R$ 63,571 bilhões, ante R$ 63,905 bilhões do mesmo período de 2016. A margem Ebitda ajustada ficou em 27%, ante 29% nos três meses imediatamente anteriores e 32% no mesmo intervalo do ano passado.
A receita de vendas somou R$ 71,822 bilhões no período, o que significa um aumento de 1,96% na comparação anual e de 7% na trimestral. No caso da receita, o montante anunciado ficou 7,7% acima da média de R$ 66,685 bilhões esperada pelos analistas.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, avaliou nesta segunda-feira (13/11) como positivo o resultado da empresa em nove meses, quando a empresa lucrou R$ 5 bilhões. Ao iniciar a coletiva de detalhamento do resultado financeiro, o presidente da estatal destacou avanços realizados no período. Entre eles, ressaltou as métricas de segurança, que foram atingidas. Mas destacou que essas métricas serão revistas com o lançamento do novo planejamento estratégico.
Ele ainda destacou o fluxo de caixa livre positivo por dez trimestres consecutivos, que chegou a R$ 37,45 bilhões em nove meses, 26% superior à marca de igual período do ano anterior.
Parente também ressaltou o aumento da produção no Brasil, de 2,7%. Incluindo a atividade em outros países, a produção média em nove meses foi de 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). As vendas de derivados no Brasil, de 1,95 milhão de bpd, caíram 6% em relação aos primeiros nove meses de 2016. A exportação de petróleo e derivados subiu 39% e a importação caiu 19%, na comparação acumulada no ano. O saldo líquido foi de 385 mil bpd.