Petrobras reabre Programa de Demissão Voluntária
PDV 2019 foi fechado em junho de 2020, com adesão de quase 10 mil funcionários. Programa foi retomado no início de 2021
atualizado
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A Petrobras reabriu, no início deste ano, o Programa de Demissão Voluntária (PDV) 2019. A ação é voltada a empregados aposentados pelo INSS com Data de Início do Benefício (DIB) até o dia 12 de novembro de 2019. A comprovação de que o empregado reúne os requisitos para aderir ao PDV deverá ocorrer até 29 de janeiro.
Ao Metrópoles, a estatal informou que a reabertura do programa, que foi encerrado em junho do ano passado, tem como objetivo atender a um pleito dos empregados, “propiciando assim, uma nova oportunidade aos mesmos”.
O PDV 2019 teve adesão, segundo o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, de 94% do público-alvo. “Dos 10.053 empregados elegíveis, tivemos 9.405 inscritos”, disse, em meados de 2020, logo após o programa se encerrar.
Além desse PDV, outros dois Programas de Demissão Voluntária foram abertos, destinados a empregados lotados em ativos em processo de desinvestimento ou que trabalham no segmento corporativo da empresa.
“Consolidando os demais programas, atingimos 10.082 inscrições, o que representa 22% do atual quadro de empregados”, disse o presidente Castello Branco.
A Petrobras estima uma redução de custo de pessoal até 2025 em torno de R$ 4 bilhões por ano com a saída desses 10.082 inscritos nos programas.
Por sua vez, o retorno adicional (equivalente ao custo evitado de pessoal de R$ 22 bilhões menos o desembolso com as indenizações de R$ 4 bilhões) será de aproximadamente R$ 18 bilhões até 2025.
“Cabe destacar que o impacto esperado das indenizações no caixa da companhia não será imediato em 2020, mas sim diluído ao longo dos próximos três anos”, informou.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou a reabertura do PDV e disse que a ação “corrobora para um agravamento da crise nas relações trabalhistas”.
“Contradizendo os próprios estudos, a realidade da companhia é de falta de um quadro efetivo com o número mínimo de trabalhadores para que seja garantida a segurança dos funcionários”, avaliou.