Petrobras nega ter vazado reajuste da gasolina a Bolsonaro
Presidente afirmou, um dia antes do anúncio de reajuste, que a estatal iria anunciar “mais uma boa notícia”
atualizado
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A Petrobras negou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ter antecipado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) a redução de R$ 0,25 no preço da gasolina, que começou a valer nessa sexta-feira (2/9).
O reajuste foi anunciado na quinta-feira (1º/9). Um dia antes, na quarta-feira (31/8), Bolsonaro disse em entrevista ao SBT que a estatal deveria anunciar “mais uma boa notícia” até o fim desta semana, indicando uma nova redução no preço dos combustíveis repassado às distribuidoras.
“Em atendimento ao ofício em referência, a Petrobras esclarece que não antecipa decisões e que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes, conforme ocorreu no caso concreto, em que houve a redução do preço da gasolina em 7%”, afirmou a petrolífera.
“A companhia esclarece, ainda, que a influência do movimento do mercado internacional de petróleo e da taxa de câmbio nos preços de seus produtos é constantemente analisada pelos participantes do mercado e noticiada pela imprensa”, prosseguiu a Petrobras.
Leia a íntegra do documento:
Ofício Petrobras CVM by Tacio Lorran Silva on Scribd
O preço médio de venda de gasolina tipo A da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, uma redução de R$ 0,25 por litro. Essa é a terceira redução no preço do combustível promovida pela Petrobras desde que Caio Paes de Andrade assumiu a presidência da estatal, em 28 de junho.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,57, em média, para R$ 2,39 a cada litro vendido na bomba.
“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, acrescentou a estatal.