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Petrobras justifica reajuste e diz que lucro de R$ 106,6 bi não é alto

Empresa explicou que reajuste de até 24,9% nos preços dos combustíveis foi necessário para mitigar riscos de desabastecimento

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Rio de Janeiro RJ Sede da Petrobras no Centro do Rio
1 de 1 Rio de Janeiro RJ Sede da Petrobras no Centro do Rio - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

A Petrobras afirmou, neste sábado (12/3), que o reajuste de até 24,9% nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha vendidos às distribuidoras foi necessário para mitigar “riscos de desabastecimento”.

A estatal também alegou que o lucro da empresa registrado no ano passado, de R$ 106,6 bilhões, “pode parecer muito alto, mas não é”. Trata-se do segundo maior lucro da história entre empresas de capital aberto no país, atrás apenas da Vale, que registrou, também em 2021, lucro de R$ 121 bilhões.

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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A Petrobras publicou, neste sábado (12/3), dois vídeo em suas redes sociais.

No primeiro deles, a estatal alega que no Brasil não existe monopólio no setor. “Mais da metade do combustível que abastece carros e motos é fornecido por outras empresas e não pela Petrobras”, diz a companhia.

Em seguida, a empresa justifica a mega-alta dos combustíveis, medida considerada bastante impopular.

“O preço do petróleo e dos combustíveis registrou expressivas altas nas últimas semanas, no mundo todo. Ainda assim, a Petrobras não repassou imediatamente pois não transmite volatilidade e sabe da importância de contribuir com combustível acessível. A Petrobras ficou 57 dias sem reajustar gasolina e diesel, e mais de 150 dias o gás de cozinha”, afirmou a companhia.

“O último reajuste foi necessário para manter o fornecimento por todas as empresas, mitigando riscos de desabastecimento”, acrescentou.

Confira:

Já no segundo vídeo, a Petrobras alega que o lucro de 2021 “pode parecer muito alto, mas na verdade não é”. “Ele é compatível com o tamanho do investimento”, complementou.

A companhia explica que, para entender o tamanho do lucro, é preciso olhar o percentual.

“Você sabe qual foi a taxa anual de retorno do dinheiro empregado na operação da Petrobras em 2021? 8% – apenas 2% acima do custo da sua dívida. Um retorno justo”, diz.

A empresa ainda argumenta que mais da metade do caixa gerado pela Petrobras retorna para a sociedade, através de tributos, participações governamentais e dividendo para os estados.

“Em 2021, pagamos por hora mais de R$ 23 milhões em impostos e tributos. […] Geramos cerca de 10 mil empregos para cada R$ 1 bilhão de investimento em exploração e produção”, afirma.

Confira:

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