Petrobras dispara com decisão da Opep e Ibovespa sobe 1,51%
O motivo da alta foi o acordo para o corte da produção de petróleo em 1,2 milhão de barris por dia, definido na reunião da Opep
atualizado
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O Ibovespa avançou nesta quarta-feira (30/11) e recuperou parte das perdas de quase 3% registradas ontem. No entanto, os ganhos no fechamento estavam bem abaixo dos mais de 2% vistos durante à tarde. O principal motivo da alta foi o acordo para o corte da produção de petróleo em 1,2 milhão de barris por dia, definido na reunião da Opep.
Mesmo com as ações da Petrobras em alta entre 9% e 10%, Vale e siderúrgicas passaram a ampliar a queda vista desde cedo, reduzindo a força do índice à vista. Dado o desempenho das commodities, principalmente o petróleo, no centro das atenções, nem o PIB nem a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) influenciaram hoje os negócios com ações. A aprovação da PEC do teto dos gastos no Senado, em primeiro turno, foi considerada uma boa notícia, mas já era esperada.
O principal índice de ações da bolsa encerrou aos 61.906,35 pontos, com alta de 1,51%. Terminou novembro acumulando recuo de 4,65%. Mas no ano acumula avanço de 42,81%. Esteve hoje todo o tempo no azul, com mínima de 60.994 (+0,01%). O volume ficou em R$ 11,700 bilhões, acima da média diária para o mês, que é de R$ 9,1 bilhões.O melhor momento do dia foi no meio da tarde, quando o acordo da Opep foi divulgado oficialmente, ampliando os ganhos das ações da Petrobras para mais 10% e mais de 11%, na PN e ON, respectivamente. Com isso, o Ibovespa chegou à máxima de 62.590 pontos (+2,63%).
Com a nova política de preços da estatal, de acompanhar as oscilações do mercado internacional, a correlação entre as ações e commodity se fortaleceu. Petrobras PN encerrou em +9,14% e Petrobras ON, em +10,60%. Ainda sobre a companhia, acionistas em assembleia geral extraordinária (AGE) aprovaram a determinação de que o plano de investimento da Petrobras passa a ser, a partir de hoje, de responsabilidade do conselho de administração da empresa e não mais da diretoria executiva.
Com relação ao acordo da Opep, embora estivesse em boa medida nos cálculos do mercado, nos últimos dias surgiram rumores sobre dificuldades em costurar um consenso, o que chegou a abalar a expectativa dos investidores. O corte de 1,2 milhão de barris diários representa 1,0% da produção global e a expectativa dos integrantes do cartel, com o anúncio, é manter os preços entre US$ 55 e US$ 60 por barril. Hoje, o barril do tipo Brent no contrato com vencimento em fevereiro fechou em US$ 51,84 por barril, com alta de 9,55%. Já o WTI para janeiro terminou aos US$ 49,44 por barril, com avanço de 9,30%, maior alta porcentual diária em nove meses.