Petrobras desmente Bolsonaro: não há prazo para aumentar combustíveis
Horas após o presidente anunciar o suposto aumento “em 20 dias”, a estatal informou que “não há decisão tomada” sobre o assunto
atualizado
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A Petrobras desmentiu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e negou que haverá aumento no preço dos combustíveis “em 20 dias”.
Na tarde desta segunda-feira (1º/11), horas após o chefe do Palácio do Planalto anunciar o suposto reajuste, a estatal informou que “não há decisão tomada” sobre o assunto.
Pela manhã, Bolsonaro disse a jornalistas, na Itália, que a Petrobras pretende fazer novo reajuste nos preços dos combustíveis. A medida seria implementada em 20 dias. A declaração do mandatário ocorreu após reunião do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo.
“A Petrobras monitora continuamente os mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais”, informa a empresa.
A estatal frisou que não antecipa decisões de reajuste e que não houve deliberação do Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) sobre a questão.
Segundo a petrolífera, os reajustes sofrem influência do movimento do mercado internacional de petróleo e da taxa de câmbio.
A empresa enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para desmentir o presidente Bolsonaro.
Entenda o caso
Questionado sobre a greve de caminhoneiros, iniciada nesta segunda-feira em todo o país, o presidente Bolsonaro afirmou ter a informação extraoficial sobre o reajuste nos preços.
“Estou acompanhando, estamos acompanhando. Agora, uma notícia que dou para vocês: a Petrobras já anuncia, eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui a uns 20 dias. Isso não pode acontecer”, declarou.