Pequena indústria tem melhor desempenho no 2º trimestre em 11 anos
É o que apresenta estudo da CNI. Índice médio do período chegou a 47,4 pontos, resultado também acima do 1º trimestre do ano, de 45,5
atualizado
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O Índice de Desempenho das pequenas empresas chegou a 47,5 pontos em junho. É o melhor índice para um segundo trimestre em 11 anos, revela o novo relatório Panorama da Pequena Indústria, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta segunda-feira (1º/8).
Em relação à média de junho dos anos anteriores, o atual valor é 4,8 pontos mais alto. O desempenho médio de junho (47,4 pontos) também subiu em relação ao registrado no primeiro trimestre do ano (45,5) e ao segundo trimestre de 2021 (46,5).
Os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é o desempenho da área.
O documento também define as principais reclamações dos setores. No caso de pequenas e médias empresas dos setores extrativista, de transformação e de construção, por exemplo, a falta ou o alto custo de matéria-prima aparece como o principal problema que enfrentam.
Em seguida, para indústrias de transformação, vem a elevada carga tributária e demanda interna insuficiente. Já na área da construção, o segundo problema mais relatado é a taxa de juros elevada, também seguida pelos tributos elevados.
Nas indústrias extrativistas, pequenos empresários apontam a demanda interna insuficiente e a carga tributária como maiores preocupações. Os dados se referem ao segundo trimestre deste ano.
O estudo mostra ainda “confiança relativamente elevada e disseminada” dos pequenos empresários industriais. Isso porque, desde o início do ano, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) oscila acima da média histórica de 52,8 pontos. Apesar disso, registrou leve queda em julho (57 pontos) em relação ao mês de junho (58,3).
“O índice de confiança do pequeno empresário apresentou resultado otimista e as perspectivas para o futuro estão em um patamar positivo”, explica analista de Políticas e Indústria da CNI, Paula Verlangeiro.
Já a situação financeira segue estável (41,2 pontos) em relação ao mês anterior, com alta de apenas 0,2 pontos. O Índice de Situação Financeira, porém, é superior à média do segundo trimestre de anos anteriores (37,2 pontos) e também da média histórica (37,9 pontos).