Pedidos de seguro-desemprego crescem 53% em maio e chegam a 960 mil
Taxa é um termômetro para dimensionar o tamanho da crise, sobretudo a partir da segunda quinzena de março, quando começou o isolamento
atualizado
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O Ministério da Economia divulgou nesta terça-feira (09/06) os dados mais recentes de pedidos de seguro-desemprego no país. Em maio deste ano, foram contabilizados 960.258 solicitações ao benefício. O número representa um aumento de 53% na comparação com o mesmo mês do ano passado (627.779) e de 28,3% na comparação com abril deste ano (748.540).
No acumulado de janeiro até maio, foram contabilizados 3.297.396 pedidos de seguro-desemprego, na modalidade trabalhador formal. O número representa um aumento de 12,4% em comparação com o acumulado no mesmo período de 2019 (2.933.894).
A taxa é um termômetro para dimensionar o tamanho da crise econômica, sobretudo a partir da segunda quinzena de março, quando começaram as medidas restritivas de isolamento social por conta da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
No período, os três estados com maior número de requerimentos foram São Paulo (281.360), Minas Gerais (103.329) e Rio de Janeiro (82.584).
“Não foi mais verificado número atípico de beneficiários que ainda não tenham realizado a solicitação do seguro-desemprego. Cabe lembrar que o trabalhador tem até 120 dias para requerer o seguro-desemprego e os pedidos podem ser feitos de forma 100% digital. Não há espera para concessão de benefício”, afirma a pasta, em nota.
Do total de requerimentos em 2020, 50,1% (1.653.040) foram realizados pela internet, seja por meio do portal gov.br ou pela Carteira de Trabalho Digital, e 49,9% (1.644.356) foram feitos presencialmente. No mesmo período de 2019, 1,5% dos pedidos (44.427) foram realizados via internet e 98,5% (2.889.467) presencialmente.
Perfil
Sobre o perfil dos solicitantes, 41,3% eram mulheres e 58,7% homens. A faixa etária que concentrava a maior proporção de solicitantes era de 30 a 39 anos, com 32,3%. Em termos de escolaridade, 61,4% tinham ensino médio completo. Em relação aos setores econômicos, os pedidos estiveram distribuídos entre serviços (42%), comércio (25,8%), indústria (20,5%), construção (8,2%) e agropecuária (3,4%).
Foi possível verificar também que houve queda de 63,5% das requisições feitas presencialmente (225.905) em relação ao registrado em maio de 2019 (619.182). É possível constatar também que, com as medidas de isolamento social decorrentes da pandemia da covid-19, os atendimentos via web (734.353) tiveram crescimento de 8.442% em relação ao mesmo mês do ano passado (8.597).