Paulo Guedes ataca Henrique Meirelles: “Nem economista é”
Ministro da Economia também voltou a criticar teto de gastos, afirmando que regra foi “mal construída”
atualizado
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Paulo Guedes, ministro da Economia, atacou o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles. “O ministro [da Fazenda] que estão dizendo que vai ser do Lula, o Meirelles, nem economista é”. A declaração foi feita nesta quarta-feira (26/10) a empresários na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte.
Guedes fez uma sequência de ataques contra o teto de gastos implementado por Henrique Meirelles durante o governo de Michel Temer (MDB). “Mal construído”, disse.
“Passou dois anos falando ‘estão furando meu teto’”, declarou. O ministro da Economia de Jair Bolsonaro (PL) ainda tirou sarro da voz do ex-presidente do BC, dizendo que “ele fala empolado” e imitou aos empresários a forma como Meirelles se comunica.
Ainda em ritmo de campanha, Guedes rechaçou as críticas que o governo recebeu nos primeiros anos, alegando que sempre que acaba um ano, os números são revistos para cima. Entretanto, segundo o ministro da Economia, se Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer, o produto interno bruto (PIB) do país deverá cair.
“Se o outro candidato vencer, aí eu acredito. Se nós ganharmos, serão 10 anos de crescimento de 3,5% a 4%”, declarou.
O ministro também arrumou tempo para tecer críticas aos governos de esquerda na América Latina. “Se você acredita que o governo é a solução e os empresários exploram a população, esse caminho é o socialismo, esse caminho a gente já conhece. Veja onde está a Argentina, a Venezuela, que já está na miséria”, disparou.
“Os liberais e conservadores venceram em 2018 com o presidente Jair Bolsonaro e nesta eleição o Congresso [Nacional] está com 70%, 80% a centro-direita”, ponderou.
Em referência aos recentes escândalos envolvendo supostos estudos da Economia vazados pelos jornais Folha de S.Paulo e pelo Estado de S.Paulo, o ministro afirmou que a pasta não tem “nenhum plano secreto” e reiterou: “Nós vamos dar aumento acima da inflação”.