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Parlamentares pressionam governo por aumento em mistura do diesel

Frente Parlamentar do Biodiesel pede aumento de porcentagem do produto. Medida é uma reação ao possível desabastecimento de diesel no país

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Bloqueio de caminhoneiros em Goiás, na GO-020
1 de 1 Bloqueio de caminhoneiros em Goiás, na GO-020 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel prepara um documento para pressionar o governo federal a fim de que o percentual do produto na mistura de diesel seja elevado para 12%. Atualmente, o índice permitida é de 10%.

A medida é uma reação ao possível desabastecimento de diesel no país. Nesta quarta-feira (01/6), parlamentares e representantes do setor produtivo de biodiesel se reuniram em Brasília.

A Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) têm resistido ao aumento.

O senador Luiz Carlos Heinze (Progressistas-RS), da diretoria executiva da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, afirma que essa seria uma forma de fortalecer o mercado nacional com um baixo custo, inclusive nas bombas.

“Nossa maior preocupação é o abastecimento e o custo do diesel. O grande problema é ter produto suficiente para abastecer o mercado que depende do diesel”, explica.

Segundo o senador, o Brasil tem capacidade de ampliar a produção de biodiesel e evitar o racionamento ou falta de diesel. “Temos empresas suficientes para garantir essa produção”, conclui.

Na mesma tendência, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), também integrante da frente parlamentar, rechaçou as críticas feitas ao aumento do percentual de biodiesel no diesel, como entupimento dos motores ou perda de performance do veículo.

“Temos estudos técnicos e não há provas sobre isso. Ninguém conseguiu provar tecnicamente que esse problemas são ligados ao biodiesel”, defendeu.

Crise no setor

O diesel tem sido pivô de uma longa crise no setor de combustíveis que tem irritado motoristas autônomos. Além do alto preço, o risco de desabastecimento deixou a categoria em alerta.

Os caminhoneiros dizem que as condições de trabalho estão cada vez piores e uma greve não está descartada.

Na sexta-feira (27/5), a Petrobras confirmou o alerta, o que elevou a pressão. As principais entidades que representam o setor afirmam que pode faltar combustível a partir de junho.

A diminuição da compra no exterior devido ao crescimento da demanda internacional e à defasagem do preço do diesel vendido pela Petrobras tornou a venda do derivado pouco atrativa.

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