Pandemia reduziu a renda de 39% dos trabalhadores, diz estudo
Levantamento foi feito com 2.030 assalariados em regime CLT, a partir dos 18 anos, com renda mínima de R$ 1.045 por mês
atualizado
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Emil Kalibradov/Unplash
Nos últimos 12 meses, 39% dos trabalhadores do país sofreram com a diminuição de renda causada pela redução no salário ou da jornada de trabalho. É o que aponta um levantamento divulgado, nesta quarta-feira (4/8), pela Onze, fintech de saúde financeira.
O estudo conversou com 2.030 participantes assalariados em regime CLT, a partir dos 18 anos, com renda mínima de R$ 1.045 por mês e moradores de diversos estados do Brasil.
O programa que permite a redução de jornada e salário e a suspensão do contrato de trabalho, o BEm, foi uma das maiores apostas do ministro da Economia, Paulo Guedes, para conter o desemprego diante da pandemia da Covid-19. De acordo com ele, 11 milhões de trabalhadores foram poupados da demissão no ano passado com a iniciativa.
Diante deste cenário, entretanto, 27% dos participantes responderam que nos últimos 12 meses sua situação financeira piorou. Segundo dados divulgados pelo IBGE, o número de desempregados no Brasil chega a 14,7 milhões e a taxa de desemprego se mantém em 14,7%.
Saúde mental
A pesquisa também aponta que 52% dos trabalhadores tiveram aumento nos gastos, o que gerou atraso nas contas de 21% dos entrevistados, e nome negativado em 19% dos casos.
Outro dado expressivo da amostra se dá pela saúde mental do grupo, 80% afirmaram que sofreram mais com estresse, sendo trabalho (62%) e dinheiro (61%) as principais causas. Além disso, 20% dos participantes disseram que recorreram a ajuda psicológica para enfrentar o período difícil.
