Pandemia levou 100 milhões de crianças à pobreza, diz Unicef
Ao todo, número de crianças que estão vivendo em casas com poucos recursos cresceu 60 milhões desde o início da pandemia de Covid-19
atualizado
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A pandemia da Covid-19 colocou pelo menos 100 milhões de crianças na faixa da pobreza. O número representa 10% a mais que a taxa de 2019, conforme os dados apresentados em um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado nesta quinta-feira (9/12).
O texto aponta que esta é “a maior ameaça em seus 75 anos de história”, ao relatar que cresceu o número de menores de idade fora da escola, com fome, abusados e forçados a casar.
Em 2020, cerca de 23 milhões de crianças não receberam vacinas essenciais – quatro milhões a mais que em 2019. O número também é o mais elevado em 11 anos. Além disso, ao todo, 60 milhões de crianças a mais do que antes da pandemia estão vivendo em casas com poucos recursos.
“A pandemia de Covid-19 representa a maior ameaça para a infância em nossos 75 anos de história. Em um ano em que deveríamos olhar para frente, nós estamos retrocedendo”, lamentou a diretora do Unicef, Henrietta Fore.
Já a quantidade de menores obrigados a trabalhar impressiona ainda mais. Quase 160 milhões no mundo, 8,4 milhões a mais que nos últimos quatro anos. A Unicef ainda alerta que outros nove milhões podem entrar para o ranking até o fim de 2022.
Por fim, o relatório revela que uma a cada cinco crianças vivem em zonas de conflito, onde meninas são vítimas frequentes de violência sexual.