Pandemia faz bandeira tarifária ter déficit de R$ 3,1 bi, diz Aneel
Agência decidiu não cobrar taxa extra na conta de luz por seis meses no ano passado, em razão da Covid-19
atualizado
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Se os brasileiros tivessem que pagar pelo déficit na arrecadação tarifária registrado no ano passado, a conta chegaria a, pelo menos, R$ 3,124 bilhões a mais nas contas de luz, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O montante se refere à subtração do custo a ser coberto pelas bandeiras tarifárias de 2020, no valor de R$ 4,455 bilhões, frente aos R$ 1,331 bilhões arrecadados ao longo do ano.
“Esse custo é um dos componentes da tarifa, só teremos esses valores fechados nas datas de reajuste tarifário de cada empresa distribuidora de energia”, explicou a agência, em nota.
Em 2020, por seis meses, a Aneel não aplicou bandeiras impondo valores extras na cobrança da energia elétrica. A decisão foi tomada devido aos duros efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia do país e na renda dos brasileiros.
Na prática, desde o ano de 2015, as contas de energia passaram a trazer o Sistema de Bandeiras Tarifárias, que apresenta três modalidades (verde, amarela e vermelha) e indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final.
Com a medida, a bandeira verde – sem acréscimo na conta – se manteve até dezembro do ano passado. Já a bandeira tarifária para janeiro de 2021, por sua vez, passou a ser amarela, com custo de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Desde 2015, segundo dados da Aneel levantados pelo Metrópoles, o déficit registrado no Sistema de Bandeiras Tarifárias é de R$ 7,666 bilhões.