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Orçamento: ministério de Guedes veta perguntas da imprensa sobre crise

Assessoria do ministro disse que nenhuma pergunta sobre o tema poderia ser feita durante a coletiva de imprensa

atualizado

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Ministro da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários
1 de 1 Ministro da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Diante de uma queda de braço entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por divergências no Orçamento da União de 2021, o Ministério da Economia se recusou a responder nesta quinta-feira (15/4) questionamentos sobre o assunto em coletiva de imprensa a respeito do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2022.

A assessoria do ministério informou, antes da apresentação da PLDO, que nenhuma pergunta seria lida sobre a crise do orçamento deste ano. Durante a coletiva, outros questionamentos foram censurados, como esclarecimentos sobre o teto de gastos e as metas fiscais.

Com isso, o ministério busca evitar constrangimentos a Paulo Guedes, que nas últimas semanas foi emparedado por Lira, o qual chegou a afirmar que “ninguém é insubstituível”, em aceno à demissão do ministro.

Guedes orientou o presidente Jair Bolsonaro a não sancionar o Orçamento da União deste ano da forma como foi aprovado pelo Congresso, por considerar que poderá resultar na cassação do mandato do presidente ou, no mínimo, na desaprovação das contas do seu governo, e, consequentemente, na sua inelegibilidade

Por outro lado, os dirigentes do Congresso sustentam que o ministro exagera e que o fato de a peça ter sido aprovada sem apontar como as despesas obrigatórias serão cobertas pode ser corrigido por meio da aprovação de um projeto de lei. A pasta declarou que os questionamentos sobre esse assunto, e outros, serão respondidos por e-mail, mas tem sido comum o ministério declarar que não irá comentar temas que ferem o governo.

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