Operação lenta de auditores nas alfândegas atrasa mercadorias
A ação faz parte da pressão por reajuste salarial da categoria e foi organizada pelo Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal
atualizado
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Depois que os auditores fiscais começaram uma operação tartaruga na liberação de cargas em aeroportos, portos e fronteiras, empresas importadoras reclamam que estão sendo prejudicadas pela demora nas entregas de mercadorias. A tendência é que o processo cause desabastecimento a médio prazo.
A ação faz parte de uma pressão por reajuste salarial feita pela categoria e foi organizada pelo Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco). Desde segunda-feira (27/12), auditores fiscais deram início a essa chamada operação-padrão nos postos aduaneiros, que consiste em uma fiscalização mais rigorosa e lenta dos produtos.
De acordo com o Sindifisco, há registros de reclamações em Santos (SP), Manaus (AM), Uruguaiana (RS) e Foz do Iguaçu (PR).
A categoria reivindica a regulamentação do bônus de eficiência, pelo qual espera desde 2016, e a abertura de concurso público para recompor os quadros do órgão.
A movimentação dos auditores ocorre após o Congresso Nacional ter aprovado o Orçamento da União 2022 com R$ 1,7 bilhão previstos para reajuste dos salários de policiais federais. A reserva poderá beneficiar servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A notícia incomodou as demais carreiras do funcionalismo federal.
Paralisação em breve
Por meio de comunicado oficial, o Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe) informou ser possível que uma paralisação geral comece em breve. “Ela pode se iniciar antes da data do retorno do recesso parlamentar, em 2 de fevereiro de 2022”, diz o texto. O grupo reúne entidades representativas de diversas carreiras públicas.