Oferta de microcrédito pode contribuir para a retomada do país
A medida provisória visa desburocratizar e reduzir custos para o microcrédito
atualizado
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A área econômica do governo aposta que a oferta de R$ 3 bilhões em microcrédito, para incentivar empreendedores de menor renda (inclusive beneficiários do Bolsa Família), vai contribuir para a consolidação da retomada do crescimento. Embora as projeções oficiais indiquem avanço de 0,5% neste ano, os ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, e da Fazenda, Henrique Meirelles, já têm falado sobre o potencial da economia de crescer 0,7% em 2017 e ainda mais no ano que vem.
“Isso se torna importante porque direciona recursos para os pequenos empreendedores, facilitando o acesso ao crédito e viabilizando o fortalecimento de suas atividades econômicas. Com isso, o programa funciona com instrumento de democratização do acesso ao credito bancário no país”, avalia o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Marcos Ferrari, em nota distribuída à imprensa.
O lançamento do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado, apelidado de Progredir, foi feito na terça-feira (26/9), em cerimônia no Palácio do Planalto, e a Medida Provisória (MP) que cria a iniciativa foi publicada hoje no Diário Oficial. O texto traz pontos que visam a simplificar o processo de contratação de crédito, o que deve reduzir os custos operacionais envolvidos na concessão dos financiamentos, segundo Ferrari.A concessão do crédito aos empreendedores de menor renda será “assistida”, ou seja, sob orientação técnica para que os projetos sejam desenvolvidos de forma sustentável. A MP prevê que o financiamento estará disponível para pessoas físicas e produtivas com renda ou receita bruta anual de até R$ 200 mil. O programa ainda poderá contar com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste, desde que sejam aplicados em projetos dentro de suas áreas de atuação.
O objetivo do Progredir é elevar a renda de até 1 milhão de famílias para que elas possam deixar o Bolsa Família num prazo de dois anos. Além da linha de microcrédito, haverá oferta de cursos de qualificação profissional. O programa também vai auxiliar na intermediação de mão de obra, por meio do cruzamento de currículos e de vagas de empregos de forma regionalizada.