O que é o 5G, tecnologia que aumenta velocidade da internet no celular
Para o leitor entender o que muda na internet móvel e os efeitos no mercado, o Metrópoles preparou um guia com os principais pontos
atualizado
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A tecnologia 5G, que é a evolução das gerações anteriores do 3G e d0 4G, promete velocidade mais rápida de conexão à internet pelo celular, diminuição do tempo de downloads e uploads, além de conexões mais estáveis – o que deve permitir uma imensa série de novas (e melhores) aplicações.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizará nesta quinta-feira (4/11) o leilão do 5G no Brasil, que deve mudar a realidade da telefonia móvel.
Para o leitor entender o que será modificado na internet móvel, as discussões e os efeitos no mercado de telefonia, o Metrópoles preparou um guia com os principais pontos sobre a modernização da velocidade de conexão no celular.
Este é um desfecho para um imbróglio que se arrasta desde 2016 e deveria ter sido definido no ano passado. Além das disputas burocráticas e políticas em torno da tecnologia, a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, ajudou a atrasar o leilão.
- O que é a tecnologia 5G?
Na prática, a mudança é um salto em relação às gerações anteriores do 3G e do 4G, que são a conexão móvel de internet, para permitir avanços gigantescos em velocidade e estabilidade de conexões.
- O que muda?
O 5G promete velocidade mais rápida de conexão, diminuição do tempo de downloads e uploads, além de conexões mais estáveis, o que permitirá diversas novas aplicações e melhorias acentuadas de desempenho nas já existentes.
- Quais as vantagens?
Baixar vídeos longos de alta definição em alguns segundos, velocidade para jogos muito superior, mais eficiência nas máquinas de indústria, conectividade muito maior – permitindo avanços para carros, eletrodomésticos, telemedicina, agricultura, educação e nas demais áreas da chamada Internet das Coisas.
- E as desvantagens?
Especialistas indicam que o comprimento de ondas do 5G é menor. Isso significa que seu alcance é mais curto e são necessárias mais antenas de transmissão.
- O que muda no cotidiano?
A conexão mais veloz pode popularizar carros autônomos, ampliar o conceito de cidades inteligentes e de Internet das Coisas – aparelhos hiperconectados.
- A velocidade mudará muito?
As redes 4G são capazes de entregar uma velocidade média de conexão de, aproximadamente, 33 Mbps. Estima-se que o 5G será capaz de entregar velocidades 50 a 100 vezes maiores, podendo alcançar até 10 Gbps.
- Quais operadoras de 5G estão em teste no Brasil?
Atualmente, as operadoras Claro, Vivo, Tim e Oi disponibilizam uma “versão” do 5G, que usa a frequência de ondas do 4G. Tecnicamente, o processo é chamado de compartilhamento dinâmico de espectro (DSS).
- Quais capitais já testam 5G no Brasil?
São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre são exemplos de cidades onde a tecnologia está sendo testada.
- Quando a implantação do 5G começou a ser discutida no Brasil?
O governo brasileiro debate desde 2016 a implantação da frequência 5G. Contudo, questões políticas geraram um entrave na disponibilização da tecnologia.
- Qual foi o imbróglio com a empresa chinesa Huawei?
A gigante de tecnologia, uma das maiores fornecedoras da tecnologia 5G no mundo, foi impedida de participar das negociações com os Estados Unidos e o Reino Unido. Isso se deve a uma ordem dos presidentes dos dois países, sob alegação de possíveis riscos à segurança nacional por temores em relação à espionagem e segurança dos dados. O governo brasileiro chegou a excluir a empresa do leilão, mas recuou.
- O 5G vai funcionar no meu celular?
Os modelos de iPhone 13 e iPhone 12 funcionam com as redes celulares 5G. Já o Motorola Edge foi primeiro a ser lançado com a tecnologia no país. Samsung, LG, One Plus, Xiaomi e Huawei também comercializam aparelhos com o recurso.
- E o 4G vai parar de funcionar?
Quando a nova rede tiver estrutura no Brasil, a 4G continuará em funcionamento.
- Quais países já utilizam 5G?
Estados Unidos, China, Coreia do Sul (com alguma instabilidade), Reino Unido, Alemanha, Áustria, Itália, Romênia, Uruguai e Canadá são exemplos de países que já usam esse tipo de tecnologia.