Novo ministro do Turismo afirma que setor “não aguenta mais lockdown”
Gilson Machado disse, em artigo, que brasileiros demonstram dia a dia o desejo de viajar
atualizado
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O novo ministro do Turismo, Gilson Machado, escreveu, em artigo, que o setor “não aguenta mais lockdown”. Segundo ele, a temporada de verão 2020/2021 será decisiva para a recuperação do turismo. O texto foi publicado no jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira (5/1).
“É consenso, tanto entre empresários como trabalhadores dos segmentos turísticos, que o setor não suporta um novo lockdown. As perdas serão fatais para muitas empresas e para os empregos que elas geram”, escreve o ministro.
Nas palavras dele, “a própria população brasileira tem demonstrado dia após dia seu desejo por voltar a viajar, após meses dentro de casa”. Ele fala em “isolamento forçado” e afirma que, com medidas de biossegurança, é possível retomar as viagens
“É importante notar que, após meses de isolamento forçado, aprendemos a conviver com o coronavírus e a tomar todos os cuidados necessários para nos proteger do contágio. Não podemos deixar milhares de chefes de família em todo o país sem seu ganha-pão. Promover o retorno de nossas atividades com segurança, assegurar a proteção aos turistas e trabalhadores não devem ser vistos como antagônicos, mas como processos perfeitamente complementares. Além de necessários.”
De acordo com o ministro, o Brasil perdeu aproximadamente 25% dos postos de trabalho. “Índice bem menor que o observado em outros destinos, como o Caribe, com 70%. E isso só foi possível graças à agilidade e liderança do presidente Jair Bolsonaro — mas esse número ainda é alarmante. Ainda mais em um país com quase 14 milhões de desempregados.”
Saúde e economia
Seguindo a cartilha do presidente, Gilson afirma que saúde e economia caminham juntas e critica o fechamento de atividades, como tem sido feito por alguns governos, como o de São Paulo.
“Não podemos mais nos dar ao luxo de, em nome de uma falsa premissa, a de que saúde e preservação de empregos caminham separados, permitir passivamente o fechamento de atividades fundamentais para a sobrevivência de milhares de trabalhadores. Além de cercear unilateralmente o direito de ir e vir de milhões de brasileiros.”
Gilson cita ainda medidas adotadas pelo governo federal para auxiliar o setor, diretamente afetado pela pandemia de Covid-19 desde o início, e menciona iniciativas de crédito voltadas, principalmente, ao pequeno e microeemprendedor.
No fim do texto, ele faz elogios a Bolsonaro e afirma que ele é o primeiro presidente “visionário” da história.
“Temos, pela primeira vez na nossa história, um presidente visionário e defensor do fortalecimento do turismo e um “trade” unido em prol da retomada. Agora é colocar o pé na estrada e fazer com que a política federal para o turismo chegue a cada canto deste país e consiga fazer a diferença e promover o desenvolvimento regional. Esse é meu compromisso e acredito que teremos, em breve, excelentes resultados para celebrar.”
Gilson Machado tomou posse em 17 de dezembro no lugar de Marcelo Álvaro Antonio, que deixou o cargo após desentendimentos com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Ele era presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).