Novo acordo automotivo entre Brasil e Uruguai não terá cota de comercialização
Carros exportados pelo Brasil terão que apresentar pelo menos 55% de conteúdo fabricado no Mercosul. Os vendidos pelo Uruguai terão no mínimo 50% de conteúdo original
atualizado
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Brasil e Uruguai assinam nesta quarta-feira (9/12) um acordo de livre-comércio de veículos entre os dois países. Ao contrário dos entendimentos anteriores, não haverá uma cota de comercialização, e todos os automóveis que atenderem ao critério mínimo de conteúdo regional poderão ser exportados sem imposto.
Os carros exportados pelo Brasil terão que apresentar pelo menos 55% de conteúdo fabricado no Mercosul. Já os vendidos pelo Uruguai terão no mínimo 50% de conteúdo regional.
O acordo representa uma vitória para o Brasil, que, nas negociações, defendia uma cota anual superior a 20 mil veículos, o que já representaria quase metade do mercado uruguaio.
Pelo lado do Uruguai a principal reivindicação era flexibilizar a cota de nacionalização dos produtos vendidos. A exigência já era pelo menos 50% de conteúdo local, porcentual que foi mantido para os uruguaios, mas aumentado para os produtos brasileiros.
A assinatura do novo acordo será às 10h, entre os ministros do Desenvolvimento, Armando Monteiro e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e os ministros uruguaios das Relações Exteriores, Rodolfo Nin Novoa, e da Indústria, Energia e Minas, Carolina Cosse.
Cotas
Em agosto, os dois países fecharam um acordo provisório, que deixa de valer em 31 de dezembro. Na época, a cota que o Brasil poderia vender ao Uruguai sem pagar imposto de importação passou de 8,5 mil veículos e US$ 99,6 milhões em autopeças em um ano para 10.056 veículos e US$ 99,6 milhões em autopeças no segundo semestre deste ano.
Atualmente, os veículos brasileiros ocupam 21% do mercado uruguaio, que tem ainda a China com 28%, Índia com 14% e México e Coreia do Sul com 11% cada. Em 2006, a participação dos carros brasileiros era de 60%.