metropoles.com

No Conselhão, Haddad se diz “preocupado” com “maior taxa de juros”

Horas depois de ter dito que não comentaria a decisão do Banco Central (BC), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou juros a 13,75%

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
haddad no Conselhão
1 de 1 haddad no Conselhão - Foto: Reprodução

Horas depois de ter dito que não comentaria a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano, o maior percentual em mais de seis anos.

Em discurso na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, nesta quinta-feira (4/5), no Palácio Itamaraty, Haddad disse:

“Eu fiquei bastante preocupado com a decisão de ontem do nosso Copom, de manter, pela terceira vez, a maior taxa de juros do mundo, em uma economia que tem hoje uma das mais baixas taxas de inflação, sobretudo projetada no tempo”.

E pontuou: “Mas ainda assim nós vamos perseverar e tentar harmonizar a política fiscal e monetária. Vamos perseverar no diálogo com o Banco Central, vamos perseverar no diálogo com a sociedade, porque nós entendemos que esse é um tema muito importante”.

O Copom do BC resistiu às pressões do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. O anúncio já era esperado pelo mercado e por autoridades do governo.

Haddad ainda disse que não opõe “o político ao técnico”. “Há visões sobre como operar a política econômica que merecem ser apreciadas pela sociedade”. E emendou: “Da minha parte, jamais vai haver qualquer tipo de pressão política no sentido pejorativo do termo sobre um órgão público que tenha a mesma legitimidade que eu tenho ao ser designado pelo presidente da República”.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a manutenção sucessiva da taxa Selic são os principais alvos de críticas do presidente Lula.

Campos Neto foi indicado para presidir o BC durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A instituição tem autonomia para fixar a taxa Selic, uma das medidas adotadas para tentar controlar a inflação.

Paciência e serenidade

Em comunicado divulgado nessa quarta-feira (4/5), o Copom declarou que a decisão pela manutenção da taxa demanda paciência e serenidade.

“O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, pontuou um trecho do comunicado.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?