No Brasil, 43 mil postos de trabalho foram fechados em março
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve queda de 0,11% em relação a fevereiro
atualizado
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Em 2019, o Brasil teve o pior saldo de desemprego para o mês de março nos últimos dois anos. O país fechou 43.196 postos de trabalho no mês passado, o que representa queda de 0,11% em comparação a fevereiro. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira (14/04/2019).
Houve crescimento no número de postos de trabalho em apenas três dois oito setores econômicos avaliados pelo Caged: serviços (4.572), administração pública (1.575) e extrativa mineral (528).
O setor de serviços teve o maior destaque positivo. Foram registrados 549.114 postos de trabalho e 544.542 desligamentos, ou seja, um saldo positivo de 4.572 vagas e crescimento de 0,03% se comparado a fevereiro. Quatro de seis subsetores tiveram saldo positivo de emprego.
Por outro lado, comércio (-28.803 postos), agropecuária (-9.545 postos), construção civil (-7.781 postos), indústria de transformação (-3.080 postos) e serviços industriais de utilidade pública (SIUP) (-662 postos) tiveram queda no número de aquisições.
A redução se deve pelos desligamentos dos trabalhadores do comércio (veja ranking no fim da reportagem). “Os empresários retardaram as demissões de fim de ano. Esse é um movimento natural, não há nada demais”, destacou secretário de Trabalho, do Ministério da Economia, Bruno Silva Dalcolmo.
Para o governo, o resultado não altera a tendência de retomada gradual da economia. A pasta destaca o saldo positivo do primeiro trimestre com 179,5 mil vagas criadas. Em 12 meses, foram gerados 88 mil postos de trabalho no país. “A oscilação está dentro do previsto. Esse é um movimento natural de mercado”, resumiu Bruno.
Os piores resultados foram para Alagoas (menos 9,3 mil vagas), São Paulo (8 mil), Rio de Janeiro (6,9 mil), Pernambuco (6,2 mil) e Ceará (4,6 mil).
Veja saldo de emprego por setor (em vagas):
Comércio: – 28,8 mil
Agropecuária: – 9,5 mil
Construção: – 7,7 mil
Indústria: – 3 mil
Fonte: Ministério da Economia