Não taxar energia solar gerará R$ 5,4 bilhões em custos ao governo
Subsídios por energia solar serão pagos pelo contribuinte por meio da conta de luz, penalizando os mais pobres
atualizado
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De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os subsídios para bancar a geração distribuída por produtores de menor porte, como residências e escritórios, vão passar dos R$ 5,4 bilhões no próximo ano.
Cerca de R$ 4 bilhões serão destinados a projetos antigos e para os que serão cadastrados até 6 de janeiro do próximo ano. Esse custo vai ser incorporado para sempre na tarifa de energia.
A projeção inclui adicional de R$ 1,4 bilhão aos projetos que devem ser apresentados em 2023, após 6 de janeiro. Esses valores serão repassados para Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Entretanto, os valores apresentados pela Aneel deverão ser maiores no fim, pois eles não consideram a inflação.
O sol é para “quase” todos
O altíssimo valor vem da campanha contra “taxar o sol” atingiu, inclusive o atual governo. Na prática, a não taxação empurrou aos consumidores das tradicionais contas de luz — por meio de hidrelétricas e termelétricas — o valor. Ou seja, não se taxa o sol, mas se taxa a água.
Outro ponto é que “não taxar o sol” beneficia pessoas de alto poder aquisitivo e que podem arcar com os custos da implementação de painéis solares e redes de energia alternativa. Isso vale para empresas de alto rendimento que adotam a agenda ESG (sustentabilidade, social e governança, na sigla em inglês).