MPF investiga Pedro Guimarães por suposta pressão política sobre a Febraban
Se for confirmada a pressão, o presidente da Caixa pode ser enquadrado por improbidade administrativa ou pelo crime de ameaça
atualizado
Compartilhar notícia
A Procuradoria da República no Distrito Federal investigará o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, por suposta pressão política sobre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A decisão é do procurador Anselmo Henrique Cordeiro.
O episódio ao qual o procurador se refere ocorreu no fim do mês passado, quando a federação elaborou um texto, com demais entidades do setor, em que pedia “harmonia e colaboração” entre os Três Poderes. No entanto, antes de o manifesto ser divulgado, a Caixa e o Banco do Brasil ameaçaram deixar a organização, alegando que o texto representava um ataque político ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Se for confirmada a pressão, Guimarães deve ser enquadrado por improbidade administrativa ou pelo crime de ameaça. No despacho, o procurador ainda destaca que a atitude indica “possível politização da instituição financeira, afetando a governança e a credibilidade de sua atuação”.
O manifesto foi publicado na semana passada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e não levou a assinatura da Febraban.