Mourão defende militares separados dos civis na Reforma da Previdência
O presidente em exercício afirmou que a divisão agilizaria o processo de votação no Legislativo
atualizado
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À frente da Presidência da República, o presidente em exercício Hamilton Mourão defendeu a inclusão dos militares na Reforma da Previdência, mas acredita que as mudanças para essa categoria devem ser votadas separadamente da dos civis no Legislativo.
“Acho que essa é a ideia do ministro da Defesa e do segmento militar. Mas quem decide é o presidente. Para mim, o projeto de lei é mais fácil, por maioria simples”, declarou Mourão em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23/1), ao deixar o gabinete no Palácio do Planalto.
O posicionamento de Mourão converge com a ideia de Jair Bolsonaro (PSL). Ele afirmou nesta quarta que os militares devem entrar na Reforma em um segundo momento e classificou as mudanças como “substanciais”.
Coaf
Questionado sobre o que deve ser feito no caso do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Mourão usou uma expressão recorrente entre os militares “apurundaso”, que significa apurar e punir se for o caso.
O filho do presidente é alvo de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf),
que apontam movimentações suspeitas feitas pelo ex-assessor dele Fabrício Queiroz.
Em um mês, o senador eleito Flávio Bolsonaro recebeu R$ 96 mil em depósitos fracionados em dinheiro vivo. O parlamentar informou que os recursos são oriundos da venda de um apartamento. O comprador afirma que parte do imóvel foi pago em espécie.
Além de Flávio, Fabrício Queiroz foi alvo de relatório do Coaf, que apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.