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Ministros articulam para firmar reajuste dos servidores da CGU em 2024

A gestão da CGU indicou que a discussão sobre os níveis da carreira seja adiada e que o foco, até o fim de 2024, seja o reajuste salarial

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Sede da CGU, em Brasília concurso
1 de 1 Sede da CGU, em Brasília concurso - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

As gestões da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) se movimentam nos bastidores para que o acordo de reajuste salarial dos servidores públicos da carreira de finanças e controle do órgão seja firmado antes do fim de 2024.

Segundo fontes consultadas pelo Metrópoles, o comando da CGU teria indicado que a discussão sobre os níveis da carreira seja retirada da proposta inicial e siga sendo debatida em um grupo de trabalho a ser estabelecido.

Os servidores do órgão estão em greve desde agosto. Na terça-feira (15/10), o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) informou que os auditores e técnicos federais, lotados na CGU e no Tesouro Nacional, paralisarão as atividades às terças e quintas-feiras por tempo indeterminado.

O assunto já começou a ser tratado entre os integrantes do primeiro escalão nesta semana. Fontes indicaram ao Metrópoles que um dos assuntos levados à mesa na reunião, realizada na terça-feira (15/10), entre a ministra da Gestão, Esther Dweck, e o ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, foi o acordo do governo com os servidores. Ela também participou de reunião com o titular da Fazenda, Fernando Haddad, no mesmo dia.

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Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck
Fernando Haddad liderou pesquisa em cenário sem Lula, entre eleitores de esquerda
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O ministro da CGU, Vinicius de Carvalho

Agência Senado
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Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck

Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)
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Fernando Haddad liderou pesquisa em cenário sem Lula, entre eleitores de esquerda

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

Atualmente, a carreira de finanças e controle pede a negociação dos seguintes três pontos:

  • cumprimento integral do acordo firmado em 2015, que prevê a exigência de nível superior para o cargo de técnico federal de Finanças e Controle;
  • manutenção dos atuais 13 níveis da tabela de progressão; e
  • correção de assimetrias salariais com carreiras de mesmo nível na administração federal.

Contudo, com a nova postura dos ministérios, a ideia é que seja encaminhada para as mesas de negociação entre servidores da CGU e do MGI somente uma proposta sobre o reajuste salarial, sem citar a questão de níveis da carreira.

Sobre o nível da carreira (que define o tempo em que o servidor levará para atingir o topo da profissão), a proposta da pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos sugere ampliar a tabela de progressão dos atuais 13 níveis para 20.

Como o reajuste entra no Orçamento?

Os servidores da carreira de finanças e controle, lotados na Controladoria-Geral da União e no Tesouro Nacional, são os únicos que não assinaram acordo com o governo federal antes do envio da peça orçamentária de 2025.

Caso ambas as partes cheguem a um consenso sobre o incremento no salário da carreira, a proposta poderá ser incorporada ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 por meio de emenda. Dessa forma, o novo impacto na folha de pagamentos do efetivo federal poderá ser corrigido antes de a peça ser votada no Congresso Nacional.

Acordos com os servidores

Neste ano, o MGI firmou 46 acordos de reajuste salarial nas mesas de negociação específicas e temporárias, em reajustes que serão válidos para os anos de 2025 e 2026. O mais recente foi assinado com os servidores da Advocacia-Geral da União (AGU).

Em 2024, a maioria das categorias teve reajuste zero, mas o governo Lula (PT) fez uma correção de 52% no auxílio-alimentação, bem como um acréscimo na assistência à saúde complementar (auxílio-saúde) e na assistência pré-escolar (auxílio-creche).

Confira como ficou a correção:

  • auxílio-alimentação: passa de R$ 658 para R$ 1 mil (aumento de 51,9%);
  • assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde): passa de R$ 144 para R$ 215 (aumento de 49,30%); e
  • assistência pré-escolar (auxílio-creche): passa de R$ 321 para R$ 484,90 (aumento de 51,05%).

O aumento salarial dos servidores do Poder Executivo federal terá impacto de R$ 16,8 bilhões no Orçamento do próximo ano, segundo o PLOA  — o texto traz informações sobre o reajuste e a correção dos benefícios do auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche.

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