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Ministro, caminhoneiros e mercado financeiro iniciam diálogo

Na reunião, foi dito ao mercado que os caminhoneiros não são uma categoria muito coesa e que cada grupo tem uma pauta específica

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Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura no governo do presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura no governo do presidente Jair Bolsonaro - Foto: Divulgação

Numa tentativa de evitar que o mercado reaja a cada ameaça de grupos de caminhoneiros de parar o país, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, reuniu quinta-feira (22/4) representantes da categoria e economistas. Um participante da reunião disse ao Metrópoles que o diálogo “foi positivo” e serviu para esclarecer que os caminhoneiros formam um grupo muito dividido e que “nem sempre quem faz barulho tem força para fazer uma paralisação nacional”. Além do ministro, participaram da conversa representantes da XP Investimentos e da Casa Civil.

O objetivo do governo é fazer novas rodadas de conversas com representantes do mercado financeiro e de bancos para propiciar o diálogo entre as duas pontas. Somente neste ano, o preço do combustível (diesel e gasolina) já subiu ao menos cinco vezes consecutivas, o que estimula ameaças de greve, e consequentemente gera especulações no mercado financeiro.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a substituir o presidente da Petrobras, trocando Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna, numa tentativa de acalmar a categoria. A intervenção na empresa pública, contudo, não foi bem recebida pelo mercado e as ações da empresa desvalorizaram rapidamente na época.

Na reunião, o ministro Tarcísio disse ao mercado que os caminhoneiros não são uma categoria muito coesa, cada grupo tem uma pauta específica e há excesso de pedidos simultâneos. Na abertura do encontro, o ministro ressaltou a existência de demandas convergentes entre os dois lados (mercado e caminhoneiros) e destacou as medidas tomadas até agora para facilitar o transporte rodoviário de cargas.

Dever de casa

“É preciso fazer o dever de casa e dar sinais inequívocos aos investidores que o Brasil toma medidas para diminuir o tamanho do Estado e aumentar segurança jurídica”, afirmou Tarcísio.

O Metrópoles apurou que convidados do sistema financeiro defenderam a aprovação das reformas administrativa e tributária como forma de melhorar o ambiente econômico no país, o que certamente irá impactar sobre o dólar e o preço dos combustíveis.

“Se tira o ruído, a taxa de câmbio se acomoda e o diesel fica mais barato”, afirmou um participante da conversa.

O caminhoneiro autônomo Janderson Maçaneiro, mais conhecido como Patrola, comemorou o resultado da reunião como forma de ter informações direto da fonte, ao citar o ministro. E destacou que caminhoneiros e investidores têm objetivos comuns. “Nós não teríamos caminhões se vocês não tivessem empresa e fizessem investimentos”, disse.

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