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Ministério da Economia vê déficit primário menor em 2021

O resultado é usado como meta fiscal para avaliar se o governo está gastando mais do que arrecadando

atualizado

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Paulo guedes de olhos fechados
1 de 1 Paulo guedes de olhos fechados - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Ministério da Economia revisou sua expectativa em relação ao resultado primário para um déficit de R$ 139,435 bilhões em 2021. Em julho, a estimativa para o ano era de déficit de R$ 155,418 bilhões. O resultado é usado como uma meta fiscal para avaliar se o governo está gastando mais do que arrecadando. Ou seja, é a diferença entre as despesas e as receitas fiscais.

De acordo com o resultado, o governo baseia a liberação e bloqueio de recursos para o cumprimento da meta fiscal, que neste ano está negativa em R$ 247,1 bilhões.

Veja a projeções do Ministério da Economia para 2021

  • Receitas primárias passaram para R$ 1,855 trilhão, ante R$ 1,816 trilhão previsto em julho;
  • Receita líquida ficou em R$ 1,507 trilhão, contra R$ 1,476 trilhão previsto no último relatório;
  • Despesa primária subiu para R$ 1,647 trilhão, ante R$ 1,631 trilhão previsto no documento anterior.

Já as despesas obrigatórias devem ficar em R$ 1,522 trilhão, contra previsão de R$ 1,512 trilhão em julho. Enquanto as despesas discricionárias estão projetadas em R$ 124,468 bilhões, ante os R$ 119,346 bilhões no relatório anterior.

As despesas obrigatórias são aquelas que o governo não pode deixar de fazer, seja por determinação constitucional ou legal. É o caso, por exemplo, do pagamento de salários e aposentadorias. Quando o governo tem liberdade para decidir o momento mais oportuno para a realização de um gasto, trata-se de uma despesa discricionária.

Receitas

O governo também espera arrecadar R$ 88,045 bilhões com a exploração de recursos naturais. O valor representa R$ 7,721 bilhões a mais do que a projeção de julho, que era de R$ 80,323 bilhões.

Outro ponto que chama a atenção de especialistas no documento é da revisão da arrecadação esperada com dividendos e participações em 2021. O valor passou de R$ 17,813 bilhões para R$ 25,760 bilhões. Ou seja, um avanço de R$ 7,946 bilhões. Confira demais projeções.

  • Receitas administradas ficou em R$ 1,165 trilhão;
  • Receitas previdenciárias, em R$ 450,158 bilhões;
  • Receitas não administradas, em R$ 239,674 bilhões.

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